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Milhares de lares ilegais deixam 35 mil idosos em risco

Pedro Sarmento Costa / Lusa

Há cerca de 35 mil idosos em risco a residir em 3.500 lares ilegais. Estas instalações não têm planos de contingência, pessoal com formação ou equipamentos adequados.

Um estudo da Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos (ALI) dá conta que há 35 mil idosos a residir em 3.500 lares ilegais espalhados pelo país. A associação realça que estas pessoas estão em risco agravado de contaminação pelo novo coronavírus, escreve o Jornal de Notícias esta quarta-feira.

Este tipo de instalações são normalmente procuradas pelas famílias por oferecerem preços mais baratos. No entanto, nestes lares tende a não haver planos de contingência, pessoal com formação ou equipamentos adequados.

A Segurança Social está a tentar dar resposta a este problema tentando identificar onde se localizam estas instituições ilegais. “Sendo por definição uma atividade ilegal, não existe conhecimento do total de equipamentos ilegais a funcionar”, explicou fonte da Segurança Social ao JN. “Não temos qualquer estudo que nos permita avançar com estimativas”.

Os números são avançados pela associação, que garante que há 35 mil idosos em 3.500 lares ilegais. A pandemia de covid-19 já mostrou ser um problema grave em lares de idosos, que se incluem no grupo de risco da doença.

“As casas clandestinas são normalmente um risco ainda pior, porque são estruturas muito incipientes, com pouco conhecimento técnico, sem formação e com poucos meios pessoal e equipamento. É um perigo muito maior do que os lares em situação legal“, explica João Ferreira de Almeida, presidente da ALI.

“Ninguém sabe o que pode acontecer. É um risco muito grande, não só para quem lá vive ou trabalha, mas também pela possibilidade de disseminação. Sem controlo do vírus. Enquanto os nossos sócios conhecem as medidas cautelares e os procedimentos mais corretos, não sei que informação chega a essas casas”, acrescentou.

ZAP //

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