O ex-autarca de Espinho, Miguel Reis, foi apanhado por câmaras de videovigilância de um café a receber envelopes de dinheiro do empresário Francisco Pessegueiro.
O ex-presidente da Câmara de Espinho Miguel Reis terá aceitado dinheiro — e até móveis — para beneficiar Francisco Pessegueiro, empresário da área da construção civil e filho do fundador dos Talhos Pessegueiro. O dinheiro serviria para corromper o autarca em projetos imobiliários e respetivo licenciamento.
Miguel Reis foi fotografado em encontros com o empresário local – encontros esses que serviriam para receber subornos, em dinheiro vivo. O empresário terá pago ao autarca contrapartidas de forma a obter prioridade e celeridade nos licenciamentos.
O Correio da Manhã avança que o ex-presidente da Câmara de Espinho não só foi fotografado, como foi apanhado por câmaras de videovigilância de um café local a receber um envelope das mãos de Francisco Pessegueiro.
De acordo com o jornal, o esquema de corrupção funcionava “às claras e sem qualquer pudor”. O autarca e o empresário falavam por telemóvel sobre as ‘luvas’ e os envelopes com dinheiro eram entregues em locais públicos.
Os subornos serviam para beneficiar Francisco Pessegueiro na construção do prédio ’19 The Avenue Suites’. A empreitada era alvo de queixas de moradores, pelo que as ‘luvas’ serviam para que o autarca ignorasse as reclamações e que o embargo da obra fosse desbloqueado.
José Costa, que era chefe da divisão do Urbanismo da Câmara de Espinho, chegou também a receber uma garrafa de vinho e um envelope com 5 mil euros de Francisco Pessegueiro, escreve o Correio da Manhã.
Um fiscal terá encontrado problemas na empreitada, mas José Costa garantiu ao arquiteto João Rodrigues — que também é arguido no processo — que iria dizer-lhe que tinha feito uma análise errada.
Miguel Reis foi corrompido pelo menos três vezes enquanto presidente da Câmara de Espinho. Numa das situações, terá recebido 25 mil euros e, mais tarde, terá recebido móveis para a sua casa.
Eleito em 2021, Miguel Reis foi detido pela Polícia Judiciária na semana passada, no âmbito de uma investigação por diversos crimes económicos.
O ex-presidente, que deixou a Câmara Municipal na quinta-feira, é suspeito de corrupção passiva e de outros crimes económico-financeiros.
Mais do mesmo… Duterte faria um festim com estes trast3s!
Isto só la vai com a forca para esta gente.
isto já parece as Pombinhas da Catrina, la vai uma lá vão duas….