Nova sinalização ferroviária é caminho para operação automática. Prazo para propostas para a Linha Rubi acaba hoje.
Uma das novas linhas do Metro do Porto vai ser muito útil para estudantes universitários (e não só) e deverá ter uma novidade tecnológica em Portugal.
A Linha Rubi vai ligar a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia, passando pelo Campo Alegre (zona universitária), Arrábida e Devesas – aqui com ligação à estação de comboios. Vai ser construída uma nova ponte entre Porto e Vila Nova de Gaia, por causa deste percurso.
O concurso público internacional para a sua construção abriu em Maio deste ano. O valor de referência é de 370 milhões de euros; 17 de Julho era a data limite para a apresentação de propostas, mas foi prolongado até hoje, 10 de Agosto (devido aos muitos pedidos de esclarecimento por parte de interessados).
O Jornal de Negócios indica que esta Linha Rubi vai ser o primeiro trajecto em Portugal com sinalização ferroviária CBTC – Communications-Based Train Control.
“Isto abre a possibilidade de, no futuro, a linha poder ter operação automática”, indicou fonte oficial da Metro do Porto.
Ou seja, o veículo poderá andar sozinho. A nova linha poderá funcionar sem condutor dentro do metro.
Os 370 milhões de euros já mencionados são o valor base mais alto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em Portugal.
O valor global de investimento – totalmente financiado a fundo perdido pelo Programa de Recuperação e Resiliência, no âmbito do NextGenerationEU -, é de 435 milhões de euros.
Está previsto que as obras comecem ainda em 2023. A linha Rubi deve estar pronta em 2026.
Escreve-se «Controle de Comboios Baseado em Comunicação» (podendo também usar-se a palavra/termo «Trens») e não «Communications-Based Train Control».
Isto é pesadelo dos maquinistas grevistas.