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Mestres da Soflusa contra melhorias salariais de outras categorias profissionais

Tiago Petinga / Lusa

Os mestres da Soflusa não admitem que os maquinistas da empresa fluvial também tenham as condições salariais melhoradas. A equiparação deve ser só para os marinheiros.

A posição foi assumida numa carta enviada no fim da semana passada pelo Sindicado dos Fluviais e Costeiros ao secretário de de Estado adjunto e da Mobilidade, José Mendes.

Em nome da Comissão de Mestres, o presidente do Sindicato Carlos Costa, relembra ao governante, de acordo com a Renascença, “os termos do recente acordo entre as partes, que levou ao levantamento de todas as greves marcadas, mediante o aumento do Prémio de Chefia de 60 euros (com a pretensão inicial de 200), passando a ser de 109,44 euros”.

A carta refere que há outras estruturas sindicais da Soflusa que “estão a preparar-se para iniciar formas de pressão para exigir a equiparação do acordo” feito com os mestres. Sublinha ainda que os mestres estão a cumprir a sua parte desde a desmarcação das greves, para não haver supressões de carreiras.

Os mestres admitem alguma equiparação para outros trabalhadores, principalmente marinheiros, mas nunca para os maquinistas: “Estamos convictos que o Governo e a empresa também vão cumprir a sua parte no acordo, mantendo a diferença de 109,44 euros em relação aos maquinistas”.

A carta lembra que os mestres são o garante de toda a função de comando, assegura que farão tudo para continuar a cumprir mas espera o mesmo do Governo e empresa, “para evitar transtornos e confrontos futuros”.

Depois do acordo exclusivo com os mestres, os outros trabalhadores da Soflusa sentiram-se marginalizados e insatisfeitos. A FECTRANS – em que o Sindicato dos Fluviais e Costeiros também é filiado – deixou claro que era necessário fazer a equiparação, já que a Soflusa precisa de todos os trabalhadores.

Por outro lado, o SITEMAQ entregou um pré-aviso de greve, primeiro para dia 13 e entretanto, adiado para dia 18 na sequência do agendamento da reunião com o Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade. O sindicato espera que a reunião seja conclusiva nas suas pretensões e que evite a greve marcada para dia 18.

José Mendes marcou reunião com os sindicatos representantes dos trabalhadores da Soflusa (exceto mestres) para esta manhã no Ministério do Ambiente. O objetivo é iniciar o processo de revisão salarial para 2020. Os mestres pretendem travar esta reunião.

ZAP //

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