Messi vai recorrer da sentença que o condenou a 21 meses de prisão

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O craque argentino e o pai vão recorrer da sentença que os condenou esta quarta-feira a 21 meses de prisão por fraude fiscal. 

 

O futebolista Lionel Messi e o seu pai, Jorge Horacio Messi, vão recorrer para o Supremo Tribunal espanhol, na sequência da condenação por fraude fiscal que se decidiu por uma pena de 21 meses de prisão.

O anúncio, feito pelos advogados da família, Enrique Bacigalupo e Javier Sánchez Vera, afirma que a sentença imposta pelo tribunal de Barcelona “não é correta”.

Ambos estavam acusados de evasão fiscal por ter escondido 4,1 milhões de euros ao Estado espanhol, através de uma estrutura de empresas em paraísos fiscais entre 2007 e 2009.

Além da pena de prisão, à qual podiam escapar facilmente porque em Espanha as penas inferiores a dois anos não são habitualmente cumpridas, os dois também foram multados em 3,7 milhões de euros.

Durante todo o processo, o avançado argentino afirmou que nunca tomou uma decisão legal ou tributária sobre o seu património.

Eu só jogava futebol. Assinava os contratos porque confiava no meu pai e nos advogados que tínhamos para tratar dessas coisas”, justificou o internacional, eleito este ano uma vez mais Bola de Ouro da FIFA.

O Ministério Público pedia uma pena de 22 meses de prisão para o avançado do FC Barcelona e o pai pelo desvio de 4,1 milhões de euros da autoridade tributária espanhola, referentes a 10,1 milhões de euros em direitos de imagem que foram recebidos durante os anos fiscais de 2007, 2008 e 2009.

O Fisco espanhol, por outro lado, pretendia que Jorge Messi fosse condenado a 18 anos de prisão, mas que o processo contra o internacional argentino fosse arquivado, por considerar que o melhor futebolista mundial em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2015 não teve conhecimento da fraude.

Segundo a acusação, o mecanismo de fraude consistia em “simular” a cessão dos direitos de imagem do jogador a “empresas de fachada sediadas em paraísos fiscais” como, por exemplo, Belize.

Os contratos eram assinados entre essas sociedades e companhias também domiciliadas no exterior, como no Reino Unido e na Suíça, para evitar que o dinheiro passasse por Espanha.

ZAP / ABr

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