Cantar e criar música traz benefícios importantes para a saúde, ainda que não sejamos cantores. Fazer música tem a capacidade de beneficiar o cérebro e o bem-estar mental, independentemente da idade.
Mesmo que não sejamos o Salvador Sobral, quase toda a gente gosta de música — tanto que até há estabelecimentos apenas à volta da atividade de cantar o que nos apetecer: as casas de Karaoke.
Cantar pode fortalecer a nossa saúde física. Portanto, não devemos limitar a nossa liberdade por acharmos que cantamos mal.
“Ninguém diz que não deve correr se não for bom nisso”, diz Daniel Levitin, professor na Universidade McGill do Quebeque, citado pelo The Washington Post.
Num novo estudo, publicado no fim de maio na Child Development, investigadores da Universidade de Yale concluíram que cantar ajuda a melhorar o nosso humor e o humor dos nossos filhos bebés: sentimo-nos bem quando cantamos, e o mesmo acontece com o nosso corpo.
Quando as pessoas cantam em conjunto, os nossos corpos produzem ocitocina, a famos “hormona do amor”, porque contribui para a nossa sensação de ligação com os outros.
Além disso, cantar pode ajudar na função pulmonar, porque envolve uma respiração profunda e o uso controlado dos músculos, o que ajuda em particular as pessoas com asma ou doenças pulmonares.
A prática aumenta o volume da massa cinzenta do cérebro, que desempenha um papel fundamental na cognição. Num estudo anterior, neurocientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) tinham encontrado neurónios no cérebro humano que respondiam ao canto.
Além disso, a música ativa praticamente todo o cérebro, incluindo as regiões da memória e das emoções, pelo que pode ajudar a nossa memória e níveis de energia.
É também sabido que a música aumenta os níveis de bem-estar mental e reduz os níveis de ansiedade e depressão. Afinal de contas, como diz o ditado popular, quem canta seus males espanta.