Retiradas quase 4 mil referências de produtos de fabricantes tradicionais – ao mesmo tempo apareceram quase 2 mil novos produtos “internos” em Espanha.
É cada vez mais frequente o consumidor escolher comprar produtos “marca branca”, ou seja, marca da própria empresa de supermercado.
Porque também há cada vez mais variedade de produtos de marca própria.
Quem não gosta são as outras empresas, habituadas ao longo de anos ou décadas a fornecer os seus produtos às mesmas cadeias de retalho.
Em Espanha, o El Economista destaca a denúncia da Promarca: desde 2019 foram retiradas quase 4 mil referências de produtos de fabricantes tradicionais – ao mesmo tempo apareceram quase 2 mil novos produtos “internos”, de marca própria.
A Promarca é uma associação espanhola que reúne grandes empresas como Coca-Cola, Pepsico, Danone, Campofrío, Calvo, elPozo, Heineken e Pescanova, salienta o Executive Digest.
Os números da consultora Kantar mostram que a variedade dos produtos baixou 23% nos últimos cinco anos. Entre outros, o Mercadona cortou 45% das referências de fabricantes, o Dia 42% e a variedade no Lidl desceu 14%.
Outras retiradas recentes confirmam a tendência: os produtos Pepsico desapareceram das lojas Carrefour, a Bimbo deixou as prateleiras do Dia e o Mercadona deixou de ter produtos Leche Pascual.
De acordo com o presidente da Promarca, Ignacio Larracoechea, a maioria dos supermercados está a fazer isto.
E a ideia é aumentar as margens comerciais, limitando o acesso dos consumidores aos produtos tradicionais e diminuindo a variedade do mercado.
Assim, avisa Larracoechea, fecham-se fábricas e mais pessoas ficam desempregadas.
A distribuição aplica margens até três vezes maiores para os produtos das suas marcas próprias, segundo o presidente da Promarca.
Até que enfim estão a abrir os olhos.
O Ping@ D@ce faz isso a anos. Basicamente qualquer produto nesta rede de supermercados só tem duas opções.
A marca do próprio supermercado ou a “marca conhecida” e adivinhem só qual é a mais barata?