A Rússia aprovou esta quinta-feira uma versão ‘light’ da sua vacina contra a covid-19, a Sputnik V, que será administrada numa só dose, embora tenha uma eficácia um pouco menor, anunciou o Fundo Russo de Investimento Direto.
Segundo este fundo, que financia o desenvolvimento da vacina, a Sputnik Light tem uma eficácia de 79,4% no combate à covid-19, ou seja, um pouco menos do que a eficácia de 91,6% da versão original, que é dada em duas doses, avançou a agência Lusa.
A Sputnik V ainda não está autorizada na União Europeia, mas já deu um passo nesse sentido, apresentando o pedido que deu início à sua análise pelo regulador europeu.
Em março, a Rússia já tinha afirmado que os seus cientistas estavam a fazer testes clínicos à Sputnik Light.
Apresentada no verão de 2020, a Sputnik V foi inicialmente recebida com ceticismo, mas já convenceu cerca de 50 países, sobretudo depois de a sua credibilidade ter sido validada em fevereiro pela Lancet.
O desenvolvimento da vacina foi confiado a instituições estatais e é considerado por Moscovo como um sucesso histórico da Rússia. A escolha do nome também é altamente simbólica, visando homenagear o primeiro satélite colocado em órbita pela URSS, em 1957, lembrando o feito científico e o revés histórico para o rival norte-americano.
Moderna faturou 1415 milhões de euros até março
A farmacêutica Moderna faturou entre janeiro e março 1.700 milhões de dólares (1.415 milhões de euros) graças às vendas da vacina anti-covid e teve um lucro de 1.200 milhões de dólares (mil milhões de euros).
No total, a Moderna faturou 1.900 milhões de dólares durante os primeiros três meses do ano, principalmente devido à venda de mais de 100 milhões de doses da sua vacina, segundo um comunicado publicado esta quinta-feira.
A empresa norte-americana anunciou que reviu em alta as suas previsões de vendas da vacina para o conjunto do ano para um total de 19.200 milhões de dólares e disse que espera entregar durante o segundo trimestre entre 200 e 250 milhões de doses.
“No primeiro trimestre, a equipa da Moderna cumpriu os seus compromissos de fornecimento a muitos governos e ajudou a proteger mais de 100 milhões de pessoas. Esta conquista traduziu-se no primeiro trimestre de lucros na história da companhia, após 10 anos de inovação científica e vários milhares de milhões de dólares investidos para tornar a nossa plataforma de ARNm uma realidade”, disse o presidente executivo, Stéphane Bancel.
O mesmo responsável adiantou que a Moderna espera produzir em 2021 pelo menos 800 milhões de doses da sua vacina, que usa a tecnologia de ARN mensageiro, mas tentará aproximar-se dos mil milhões de doses.
Bancel referiu que a empresa está em conversações com os governos com quem tem contratos em 2021 para entregas em 2022 de doses iniciais e de reforço da vacina e mantém negociações com outros países da Ásia, Médio Oriente, África e América Latina. A expectativa é que o total de doses contratadas para 2022 seja maior do que em 2021.
Os títulos dos fabricantes de vacinas recuaram no final da sessão de quarta-feira da bolsa de Nova Iorque, depois de o governo do presidente Joe Biden ter anunciado que é favorável ao levantamento de patentes das vacinas contra a covid-19, para acelerar a sua produção e distribuição.
As ações da Moderna caíram 6,19% e esta quinta-feira nas operações eletrónicas que antecedem a abertura de Wall Street continuavam em queda.
// Lusa
Coronavírus / Covid-19
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