Um memorial judeu junto à antiga sinagoga da cidade foi vandalizado este sábado. Mas este é apenas mais um caso de vandalismo entre muitos contra ícones judeus na cidade.
“Um novo ato de antissemitismo na nossa cidade”, escreveu o presidente da câmara de Estrasburgo, França, na sua conta de Twitter.
https://twitter.com/AlainFontanel/status/1101786531587596293
É mais um caso, escreve a BBC. No mês passado, a poucas horas de um protesto nacional contra o aumento de ataques antissemitas, dezenas de sepulturas num cemitério judeu em Quatzenheim, perto de Estrasburgo, foram marcadas com suásticas e mensagens antissemitas a spray.
O episódio não deixou nem o presidente francês Emmanuel Macron indiferente, que visitou o local e expressou a sua “total determinação em combater o antissemitismo em todas as suas formas”. Naquela zona, este é o segundo ataque deste género.
O mesmo aconteceu no início de fevereiro em várias caixas de correio que tinham a fotografia da antiga ministra da saúde, Simone Veil, sobrevivente do campo de concentração em Auschwitz e que morreu em 2017.
“Infelizmente, a história repete-se”, disse o autarca de Estrasburgo. Em setembro de 1940, em plena II Guerra Mundial, a sinagoga foi incendiada por nazis.
Alain Fotanel garantiu que as autoridades locais estão agora fazer os possíveis para encontrar e capturar os autores deste último ato de vandalismo.
Os casos de antissemitismo em França aumentaram bastante nos últimos anos. As últimas estatísticas mostram um aumento de 74% no número de ataques antissemitas no país com a maior comunidade judaica da Europa. Em 2017, contabilizaram-se 311 ataques, mas em 2018 foram 541, mais 230.
O aumento da extrema-direita no país e por toda a Europa é a razão das estatísticas, segundo alertam os grupos judaicos em França. Também na Alemanha, os ataques contra judeus aumentaram 10% ao longo de 2018, com uma subida de 60% de ataques físicos.
ZAP // BBC