O alimento produzido pelas abelhas pode não ter data de validade: além dos seus benefícios para a saúde, quando usado de forma controlada e nas devidas condições, é um alimento eterno — essencialmente, porque micro-organismos e vírus não se dão bem com este néctar.
O mel é uma iguaria de sucesso em todo o planeta, que pode ser consumido de várias formas. Mas sabia que este delicioso produto natural não tem data de validade, mesmo que não pareça?
Provavelmente, já encontrou um frasco de mel em casa da avó e até achou que era antigo. Mas, na verdade, até já foi encontrado mel nas pirâmides do Antigo Egito — com 3 mil anos e perfeitamente comestível.
Qual é afinal o segredo do mel?
Em primeiro lugar, não tem quase nenhuma água na sua composição: para ser específico, tem apenas 17% de água, o que torna verdadeiramente difícil a proliferação de micro-organismos e vírus.
O mel natural é um alimento bastante ácido, com um pH que se situa entre os 3 e os 4.5, e esse ácido mata quase tudo o que queira crescer dentro dele. Assim, as bactérias e os organismos têm de procurar casa noutro sítio: a sua esperança de vida nesta substância é demasiado baixa.
Além disso, o mel natural tem uma alta concentração de açúcares que absorve a água dos micro-organismos por osmose (processo através do qual certas partículas atravessam as membranas celulares), desidratando-os.
As propriedades específicas do mel são em grande parte devidas a uma enzima, a glicose oxidase, que se mistura com o néctar no organismo das abelhas, no chamado estômago do mel”, durante o processo de produção e quando o mel é regurgitado.
O mel não é indestrutível, uma vez que se pode estragar se for armazenado em más condições, em contacto com o ar ou água, ou se aquecido em excesso — processo que destrói as suas valiosas enzimas.
Mas, com as devidas precauções, e guardado de forma adequada, pode esquecer-se do seu mel durante anos — ele irá provavelmente sobreviver ao apocalipse.
