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Megaterramoto na falha de San Andreas pode ocorrer nos próximos 30 anos

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New Line Cinema

“San Andreas”, Brad Peyton (2015)

Um grande terramoto pode assolar os Estados Unidos nos próximos 30 anos, sendo a falha de San Andreas, localizada a sul do estado da Califórnia, a área onde é mais provável que o fenómeno geológico ocorra.

A conclusão é de uma equipa de geólogos da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, que publicou os resultados na mesma semana em que a Califórnia foi abalada por dois sismos. O primeiro sismo, na quinta feira, teve magnitude de 6,4 foi sucedido este sábado por um novo abalo, desta vez com uma magnitude de 7,1.

A equipa, liderada pela geóloga Susanne Jänecke, aponta a falha de San Andreas como o potencial ponto de alerta. Na área da falha foi descoberta, segundo explicou, uma região de quase 25 quilómetros perto da fronteira com o México que pode vir a libertar no futuro uma grande quantidade de energia, causando um enorme terramoto.

Apesar de este lugar estar sob o olhar atentos dos especialistas, a falha de San Andreas tem mostrado pouca atividade nos últimos 300 anos.

“Acreditava-se que o possível local de nucleação fosse uma pequena área perto da praia de Bombaim, na Califórnia, mas o nosso trabalho sugere que pode haver mais um ‘fusível’ no sul [deste estado]”, disse Jänecke, citada num comunicado da universidade, observando que um terramoto pode vir a ocorrer com uma intensidade ainda mais forte do que as estimadas anteriormente para a falha.

A área apontada pelos cientistas, apelidada de Durmid Ladder pela equipa, abriga duas importantes ramificações da falha posicionadas quase em paralelo, tendo ainda outras fraturas que se cruzam transversalmente.

Esta localização potencialmente perigosa está a cerca de 300 quilómetros do epicentro da última réplica do terramoto desta quinta-feira, 4 de julho, que registou alguns dos movimentos mais fortes da região em 20 anos.

Essa estrutura foi descoberta graças a uma documentação exaustiva sobre a falha de San Andreas, que foi publicada em junho na revista científica Litosphere. O trabalho incluiu a análise de fotografias aéreas do local em alta resolução, tomografias geofísicas e perfurações in sit, revela ainda a nota da universidade norte-americana.

“Não está claro [como é que os] os terramotos anteriores interagiram com esta estrutura e isso torna o comportamento futuro difícil de prever”, disse Jänecke, acrescentando que, “felizmente”, a área recém-descoberta se estende por uma área “mais distante dos principais centros populacionais” do que tinha sido pensado.

ZAP //

4 Comments

  1. Lá vem o chato: em português escreve-se terramoto. Do outro lado do Atlântico é que se usa terremoto. P.f. corrijam.

  2. No título do artigo também é válido acrescentar-se: “Também pode ocorrer nos 30 anos seguintes. Ou nos seguintes. Ou nos seguintes dos seguintes. Até pode ocorrer já amanhã. É tudo uma questão da probabilidade associada a cada uma das hipóteses. Mas isdo é algo que a notícia não refere.

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