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Medina apresentou as suas promessas com ataques a Moedas (e Pedro Nuno Santos como trunfo)

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O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, durante a apresentação do seu programa de recandidatura à

Na terça-feira, Fernando Medina esteve a apresentar o seu programa eleitoral para gerir por mais quatro anos a Câmara de Lisboa. Para o Governo, em especial para Pedro Nuno Santos, seguem algumas pressões.

Fernando Medina, Presidente da Câmara de Lisboa, já tinha avançado em julho algumas das principais medidas da sua recandidatura, mas ontem formalizou essas ideias durante a apresentação oficial do seu programa eleitoral, tendo lançado também alguns ataques ao candidato do PSD, e seu principal opositor, Carlos Moedas.

No Cineteatro Capitólio, o socialista começou por destacar os problemas provocados pela pandemia, classificando-a como “o evento que nos atrasou perturbou e ainda marca a nossa vida coletiva”.

Numa referência às medidas que tem na área da ação climática, Medina começou por dizer que “a maior fonte de emissões em Lisboa está no setor dos transportes” e aproveitou o tema para lançar algumas farpas ao seu adversário.

Sem se dirigir diretamente a Moedas, o recandidato à capital acusou-o de estar a “estimular a utilização do transporte individual na cidade de Lisboa“. Neste quadro, Medina referia-se à medida do social-democrata que passa pela redução do preço do estacionamento em Lisboa.

Relativamente à questão da habitação, o socialista defendeu que a sua “opção política é uma grande marca da diferença dos programas e que “é preciso construir uma política contra os dogmas”. Nesta matéria, o objetivo é “assegurar aos jovens e famílias casas a preços que podem pagar”, refere Medina, alertando que Lisboa vai ter “como permanentes as tensões sobre o mercado imobiliário que as grandes cidades apresentam”.

Mais uma vez, Medina aproveitou o tema dos transportes para fazer frente a Moedas, sublinhando que “há contas para acertar com alguns dos críticos”. “Não me esqueço que há agora alguns que fazem propostas de passes gratuitos para prometer tudo a todos para ganhar uns votinhos são exatamente os mesmos que votaram contra no Parlamento”, referiu, citado pelo Observador.

Ao referir-se às promessas do social-democrata, Fernando Medina disse que “o adversário de direita só faz lembrar campanhas de certo candidato em Gondomar que acabava na oferta de frigoríficos a toda a gente”. A comparação é com o antigo autarca de Gondomar, Valentim Loureiro, que o Presidente da CML diz agora que Moedas está a imitar prometendo “dar tudo a toda a gente”.

Por outro lado, escreve o Expresso, o candidato socialista não esconde que um dos trunfos que tem nesta corrida eleitoral é a relação com o Governo. Neste mandato tem duas medidas-chave, mas pressiona o Governo a segui-lo e a negociar.

Primeiro, relativamente à promessa de creches grátis. “Não queremos comprometer as finanças do município. Por que não houve a nível nacional o estabelecimento de preços máximos, vamos ter de o estabelecer”, refere. E assume que o que quer é “inovar” na resposta “para mostrar ao país que é possível inovar e resolver este problema”.

Depois, nas casas com renda acessível. E neste campo, tal como o projeto do Novo Aeroporto de Lisboa e para o Aeroporto Humberto Delgado, está envolvido o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

Com Pedro Nuno tem ainda a medida de compra de 55 carruagens que vão permitir ligar Lisboa a Sintra em cinco minutos. Há ainda outros pontos na lista de negociações com o Governo.

Outras das promessas de Medina para Lisboa passam por prosseguir o Programa de Renda Acessível, reduzir o acesso de carros ao centro histórico, aplicar 100% de passadeiras sem desnível, colocar um jardim em cada bairro, mudar a ementa das refeições escolares, eletrificar do Terminal de Cruzeiros, limitar a 30km/h a velocidade dentro dos bairros, continuar a expansão das ciclovias.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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