O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, recusa a ideia lançada por Marques Mendes que o apontou como eventual sucessor de Mário Centeno como ministro das Finanças.
O autarca considera “um pouco bizarro” que o seu nome surja como eventual sucessor de Mário Centeno e diz que sorriu quando a hipótese foi ventilada por Marques Mendes no seu habitual espaço de comentário na SIC.
“Julguei que eram meus amigos, não me podem desejar tal”, começou por sublinhar Medina no espaço de opinião que partilha na Rádio Renascença com João Taborda da Gama.
“O Governo tomou posse há cerca de uma semana e alguém lança um comentário dessa natureza e está tudo a discutir”, acrescentou depois Medina, assegurando que não se vê como ministro das Finanças.
“Vejo-me a ser presidente da Câmara com imenso gosto, é o que gosto de fazer”, vincou, salientando que se limitou a sorrir com a ideia de suceder a Centeno.
Marques Mendes anunciou que o ministro das Finanças deverá deixar o cargo em 2020 ou em 2021. Como eventual hipótese para lhe suceder, o ex-líder do PSD avança o nome de Medina, frisando que o presidente da Câmara de Lisboa está a ser apontado ao cargo num “círculo restrito” no interior do PS.
Essa possibilidade acarretaria outro problema para António Costa, já que implicaria a perda da liderança da Câmara da capital. A entrada de Medina no Governo levaria o vice-presidente da autarquia de Lisboa que foi eleito pelo movimento Cidadãos por Lisboa a assumir a presidência. Isso poderia ser um problema para o PS nas próximas eleições autárquicas.