O Ministério da Saúde vai pagar mais aos médicos que trabalhem fora de horas e, nomeadamente ao fim-de-semana, com valores que podem variar entre os 12 e os 19 euros por consulta.
Em entrevista ao Público, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, revelou que a ideia é conseguir “reduzir os tempos máximos de resposta para primeiras consultas de especialidade e cirurgias”.
Para isso, o Ministério da Saúde vai pagar mais aos médicos que estejam dispostos a trabalhar fora do horário de trabalho e nomeadamente aos fins-de-semana. O valor a ser pago vai variar mas “pode ir dos 12 aos 19 euros por consulta”.
O secretário de Estado quer também “estabelecer limites ao que os doentes podem esperar para ter acesso nos hospitais públicos a exames e outros meios de diagnóstico e terapêutica necessários” como, por exemplo, colonoscopias e ressonâncias magnéticas.
Pela primeira vez, escreve o jornal, vão ser definidos prazos máximos de resposta para radioterapia (15 dias), medicina nuclear e angiografias (30 dias), endoscopias, TAC e ressonâncias magnéticas (90 dias).
Além disso, as cirurgias passam agora a ter um prazo máximo de resposta de seis meses (antes era nove) e as primeiras consultas de especialidade quatro meses (menos um mês).
Caso não sejam cumpridos os prazos nas primeiras consultas, o governante afirma que vão deixar de ser dados vales para que os doentes se dirijam ao setor privado. Tem de ser encontrada outra alternativa, noutro hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Na mesma entrevista, Fernando Araújo revelou ainda que, tal como já acontece com os doentes oncológicos, também os cardíacos vão passar a ter prioridade quando estão a aguardar por uma consulta de especialidade.