Agora, Big Mac é de todos. Gigante de fast food não foi “séria” na utilização da marca e perdeu a exclusividade da icónica sanduíche, que detém desde 1996.
O Tribunal Geral da União Europeia (UE) retirou esta quarta-feira a exclusividade da marca “Big Mac” à McDonald’s, após a multinacional norte-americana de fast food não ter demonstrado a “utilização séria” da mesma.
Em causa está uma queixa apresentada pela empresa irlandesa de restauração rápida Supermac’s que, em 2017, pediu extinção da marca “Big Mac” na UE em relação a sanduíches de aves e à base de serviços “prestados ou relacionados com a exploração de restaurantes e de outros estabelecimentos ou instalações de restauração para consumo e do drive-in e com a confeção de comida para fora”, segundo um comunicado do tribunal.
A Supermac’s alegou que a McDonald’s, que detém a marca desde 1996, não demonstrou a utilização séria na UE em relação aos produtos referidos durante um período ininterrupto de cinco anos.
Com o acórdão nesta quarta-feira proferido, o Tribunal Geral anula e reforma parcialmente uma decisão do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia, que tinha incluído os produtos e sanduíches à base de aves na proteção conferida à McDonald’s pela marca “Big Mac”, bem como a serviços relacionados com a exploração de restaurantes.
De hambúrguer a símbolo cultural
O icónico hambúrguer com 57 anos — o mais vendido de sempre da cadeia internacional — foi criado pelo franchise de Jim Delligatti nos Estados Unidos, em 1967 e rapidamente se tornou um sucesso entre os trabalhadores cansados e esfomeados das siderurgias.
Dois hambúrgueres de carne bovina, alface, queijo, pickles, cebolas e molho especial, tudo entre um pão de sésamo dividido em três partes, compõem a sanduíche que tem sido adaptada em tamanho ao longo dos anos de acordo com regulamentos locais ou preferências dos diferentes países.
Tornar-se-ia, com o tempo, um símbolo cultural do fast food e até uma unidade informal de medição económica através do “Índice Big Mac”, criado pela revista “The Economist” em 1986, que compara o poder de compra de diferentes moedas em relação ao custo de um Big Mac nos seus países de venda.
Em 2017, a cadeia vendeu mais de mil milhões de Big Macs. À sua frente só ficaram… as batatas do “Mc”, de acordo com o RD.
Agora, o nome está disponível para todos. Simão Sabrosa: ataca.
ZAP // Lusa