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Está a nascer em Matosinhos a Silicon Valley portuguesa (e até Siza Vieira está “espantado”)

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Castro Group / Facebook

Fuse Valley, Matosinhos

Projecto “Fuse Valley”, em Matosinhos, é uma parceria entre a Farfetch e a Castro Group.

O “Fuse Valley” promete ser a Silicon Valley portuguesa, em Matosinhos, num empreendimento inovador da Farfetch e da Castro Group que até deixa o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, “espantado”. A abertura está prevista para 2025 e prevê-se que crie 7 mil empregos.

O projecto “Fuse Valley” foi apresentado, em Matosinhos, numa cerimónia que contou com a presença do ministro da Economia.

O futuro vale tecnológico, ou a Silicon Valley portuguesa, como está a ser descrito, vai ter escritórios para acolher várias empresas, um hotel, apartamentos, espaços de restauração, comércio, ginásio e SPA, e espaços verdes.

Além disso, terá um anfiteatro ao ar livre para acolher palestras, workshops e exposições de arte.

A vincar a aposta na mobilidade sustentável, incluirá também espaços para carregar veículos eléctricos e postos com bicicletas e trotinetes eléctricas para usar dentro do perímetro do empreendimento.

A iniciativa resulta de uma parceria da tecnológica Farfetch, a plataforma que lidera o comércio online mundial de moda de luxo, com a empresa bracarense Castro Group que actua nos mercados da construção e do imobiliário.

O “Fuse Valley” vai acolher o futuro campus global da Farfetch e incluirá também uma creche para os filhos dos colaboradores da empresa, bem como uma Academia de bem-estar com salas para praticar exercício, ioga e meditação.

“Projecto revolucionário para a economia nacional”

É um projecto com uma “visão inspiradora e exemplar”, como assumiu o próprio ministro da Economia, conforme declarações divulgadas pelo Eco. Siza Vieira referiu mesmo estar “espantado com o potencial que tem”.

A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, que também esteve na cerimónia de apresentação do projecto, salienta, igualmente ao Eco, que “a perspectiva é que sejam criados 7 mil novos postos de trabalho, sobretudo na área digital”.

“Este projecto é algo revolucionário para a economia nacional e para Matosinhos é um investimento estratégico”, frisou ainda Luísa Salgueiro.

“Uma smart city”

A “inovação, sustentabilidade e bem-estar” são os princípios subjacentes ao desenvolvimento do “Fuse Valley”, como destaca, citado pelo Eco, o CEO da Farfetch, José Neves, salientando que deverá ser o projecto “mais sustentável de Portugal e dos mais sustentáveis da Europa”.

“Além dos escritórios, agradou-nos ter um plano que incluísse outras empresas e outras entidades – com fins lucrativos ou não. E também um hotel, até por causa da mobilidade que as empresas têm hoje em dia. A ideia é que o projecto seja aberto à comunidade da região, mas também à comunidade empresarial”, aponta ainda José Neves.

Já o CEO do Castro Group, Paulo Castro, destaca que a ideia é criar “uma smart city, ou neste caso, um smart valley”, conforme declarações citadas pelo Eco.

“Ambicionamos construir um total de 24 edifícios, 14 dos quais prevemos que estejam construídos até 2025. Destes, sete são para os espaços da Farfetch e os restantes promovidos pelo grupo, incluindo o hotel”, aponta ainda Paulo Castro.

O projecto é assinado pelo arquitecto dinamarquês Bjarke Ingels e prevê-se que 80% dos espaços exteriores sejam totalmente abertos à comunidade.

Susana Valente, ZAP //

9 Comments

  1. … é um projecto interessante, mas a realizar num espaço bastante reduzido para ser apelidado de “smart city”, a área dos terrenos da imagem. é básicamente a mesma das instalações da Super Bock (ficam lado a lado), ou seja menor que alguns conhecidos hipermercados por exemplo.
    Além de que o timing para apresentação do projecto é aquilo que se sabe, véspera de eleições.
    Não obstante espero que saia do papel e veja a luz do dia, porque emprego bem falta faz.

  2. O teletrabalho é uma tendência irreversível.
    Os espaços de escritório que se destinarem a empregos passíveis de funcionarem em teletrabalho ficarão às moscas.

  3. Então não era em paredes. Tamos a 20 anos a espera, andaram aqui a expropriar os terrenos aos velhotes, querem ver era só para os roubar…

  4. O povo está mesmo lavadinho com o teletrabalho…
    O que o ataque massivo da pandemia fez à cabeça dos tugas, em apenas 2 anos.

    Em vez de Silicon Valley, Portugal vai precisar de muitos hospícios num futuro próximo.

  5. Vai acabar por ser a mesma coisa que a “”Hollywood” do Algarve…
    Muito publicidade e promessas aquando do anuncio, mas depois… nada!

  6. Antes de comentar é bom informarem os leitores sobre as empresas envolvidas. A grande plataforma multinacional do retalho online de luxo, está insolvente e sem meios para pagar a dívida de curto prazo. Posto este dado na mesa, que é pùblico há muito tempo, que comentários políticos e económicos podemos tecer?

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