Um hábito doméstico comum pode aumentar o risco de ELA

Peter Baer / Flickr

Um novo estudo associa o armazenamento de produtos químicos nas garagens a um risco maior de desenvolver esclerose lateral amiotrófica.

Uma pesquisa conduzida pela Universidade do Michigan publicada na Amyotrophic Lateral Sclerosis and Frontotemporal Degeneration identificou uma possível ligação entre o armazenamento de produtos químicos em garagens domésticas e um aumento do risco de desenvolver esclerose lateral amiotrófica (ELA), conhecida como doença de Lou Gehrig.

Os resultados sugerem que produtos químicos comuns encontrados em garagens, como os presentes em gasolina, pesticidas e tintas, podem contribuir para o risco de ELA, aponta o SciTech Daily.

O estudo destaca o conceito de “exposoma ELA”. Este termo refere-se à exposição cumulativa a toxinas ambientais que um indivíduo pode encontrar através de diversos meios, incluindo atividades ocupacionais, residenciais e recreativas.

De acordo com a pesquisa, atividades como marcenaria e jardinagem, que envolvem produtos químicos voláteis, também podem estar a contribuir para o risco.

Os investigadores analisaram dados de mais de 600 participantes, com e sem ELA, examinando o armazenamento de produtos químicos em ambientes residenciais.

A análise estatística revelou uma associação significativa entre o armazenamento de produtos químicos voláteis em garagens anexas e um aumento do risco de ELA.

Produtos químicos em garagens separadas, no entanto, não foram encontrados como tendo uma associação tão forte com o risco da doença.

O estudo aponta que fluxos de ar de garagens anexas para espaços habitacionais, especialmente em climas mais frios, podem transportar poluentes do ar para dentro das casas, aumentando a exposição a produtos químicos nocivos.

As implicações destas conclusões são amplas, sugerindo que exposições diárias no ambiente doméstico podem ser contribuintes significativos para o risco de ELA.

Isto está alinhado com pesquisas anteriores da equipa, que encontrou concentrações mais altas de pesticidas no sangue de pessoas com ELA em comparação com aqueles sem a condição.

Estudos adicionais também ligaram certos pesticidas e bifenilos policlorados (PCBs) a taxas de sobrevivência piores para pacientes com ELA.

Os estudos em andamento visam aprofundar a compreensão de como exposições ambientais podem levar a doenças neurodegenerativas e desenvolver estratégias para reduzir essas exposições em ambientes quotidianos.

ZAP //

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