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Máscaras para lares no interior do país desviadas pelo Estado

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José Coelho / Lusa

A requisição civil de encomendas de máscaras está a afetar o fornecimento de material de proteção a lares e unidades de cuidados continuados no interior do país.

Ao abrigo do estado de emergência, o Estado português está a requisitar civilmente máscaras encomendadas por privados. Segundo a revista Sábado, isto está a fazer com que o fornecimento de material de proteção a lares e unidades de cuidados continuados no interior do país seja afetado.

O provedor da Misericórdia de Ferreira do Alentejo alerta que esta é uma “situação de alto risco” para as trabalhadores e utentes do lar e da unidade de cuidados continuados locais. Em Moura, a administração do lar foi obrigada a adquirir algum material de proteção avulso numa loja chinesa. “O que conseguimos comprar é muito irrisório para as nossas necessidades”, salientam.

“É aqui, no terreno, que se percebe que as coisas estão a falhar”, diz o presidente do Secretariado Regional de Beja da União das Misericórdias Portuguesas, Francisco Ganhão. “A situação é realmente grave e já ninguém se entende quando é o próprio Estado a desviar as encomendas das pequenas unidades de apoio aos idosos. Os fornecedores estão a demorar muito tempo nas entregas, tempo que nós já não dispomos”.

Ainda esta sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) revogou um contrato para aquisição de equipamentos de proteção individual, na sequência da pandemia, com a empresa FHC Farmacêutica de mais de 19,6 milhões de euros, devido à “incerteza no fornecimento” deste material.

O contrato previa especificamente a compra de 15 milhões de máscaras e de dois milhões de respiradores contra agentes biológicos.

ZAP //

1 Comment

  1. A m*erda do costume, Portugal é so e apenas Lisboa, porto e outras cidades do litoral, o pessoal do interior apenas serve para pagar impostos

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