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Marques Mendes diz que acordo na TAP está iminente. Governo garante salários aos trabalhadores

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Carlos Barroso / Lusa

Luís Marques Mendes

Este domingo, no habitual comentário na SIC, Luís Marques Mendes disse que o acordo entre o Governo e os acionistas privados da TAP está iminente.

“O mais provável é haver um acordo”, garantiu o comentador político Luís Marques Mendes este domingo, no habitual comentário na SIC. “O impasse está ser ultrapassado”, adiantou, confirmando que estão a decorrer negociações.

David Neeleman tem apresentado algumas resistências em aceitar as condições impostas pelo Governo para avançar com o empréstimo de até 1,2 mil milhões de euros à TAP. Em cima da mesa está a exigência do Governo de que a Azul converta o empréstimo de 90 milhões de euros à TAP em capital, mas também a exigência de que os privados deixem cair uma cláusula que lhes permite retirar 227 milhões de euros que emprestaram à empresa no caso de o Estado reforçar o seu capital na TAP.

Esta última hipótese é um cenário muito provável atendendo a que parte do empréstimo de 1,2 mil milhões de euros deverá ser transformado em capital.

O comentador referiu que é urgente um acordo do Estado, que detém 50% do capital, com os privados, que têm 45%, porque “sem uma injeção de capital, a TAP não tem dinheiro para pagar salários em julho”.

“Na sexta-feira, houve uma reunião decisiva ao mais alto nível com o primeiro-ministro, o ministro das Finanças, o ministro das Infraestruturas e o secretário de Estado do Tesouro”, referiu. “Ou há um acordo ou há nacionalização da TAP. Não há terceira via.”

Ainda assim, salienta o Expresso, o comentador mostrou-se convicto de que será alcançado um acordo nas próximas horas ou dias e que o Estado não vai recuar nas condições que impôs.

Governo garante salários da TAP

Seja qual for a solução encontrada para o impasse que a TAP vive neste momento, o Governo vai garantir os salários dos trabalhadores da empresa. “Não deixaremos os trabalhadores sem salário”, garantiu uma fonte do Governo à Renascença.

Apesar de o Governo não confirmar que o cenário de nacionalização esteja em cima da mesa, garante que os salários dos trabalhadores não estão em causa.

Confrontado com as afirmações do comentador Marques Mendes, fonte governamental disse à Renascença que não podia confirmar nada, a “não ser o que é óbvio: que não deixaremos os trabalhadores sem salário”.

Em resposta à providência cautelar interposta pela Associação Comercial do Porto (ACP), o Supremo Tribunal Administrativo (STA) decidiu que o Governo poderia avançar com a injeção de fundos públicos, até 1.200 milhões de euros, mas não há ainda um acordo entre o Estado e os acionistas privados.

“Passámos de bestiais a bestas”

Em relação à pandemia de covid-19, Luís Marques Mendes lançou fortes críticas ao Governo. “Há um mês, o país vivia em euforia. Éramos bestiais. Esta semana entrámos em depressão. A situação em Lisboa e Vale do Tejo é um caso sério. O país foi vítima, em primeiro lugar, de expectativas altas e falsas. Criou-se a ideia de que Portugal era um caso de milagre. E isto tinha algum exagero.”

Quando o Governo deu início ao desconfinamento, Portugal ainda registava 242 casos por dia, “quando os países nossos concorrentes tinha 20 a 30”, lembrou o comentador. “Não podemos entrar em depressão. Mas também não podemos desvalorizar. Este crescimento de casos não é banal. Está a ter um efeito na nossa imagem.”

Na opinião do conselheiro de Estado, as autoridades de saúde e o Governo mostraram excesso de confiança e facilitismo. “O Governo vem agir a tarde e a más horas (…). Fica esta mancha.”

Em relação à nomeação de Mário Centeno para o cargo de governador do Banco de Portugal, Marques Mendes referiu que “o regime do Banco de Portugal devia ser diferente. Não devia ser o governo a nomear o governador. O processo devia ser semelhante ao do Procurador-Geral da República”.

ZAP //

3 Comments

  1. A TAP é um poço SEM FUNDO, é como os bancos.
    Para os contribuintes é Sempre a Aumentar Impostos.
    Será que é mesmo necessário termos uma companhia aérea portuguesa?? Será que justifica injetar dinheiro? Andamos nisto á décadas…

  2. andamos todos a dormir ….TAP nao pode e nao deve crescer mais do que aquilo que pais nao pode oferecer….infeslizmente… essa mania de quererem seer grandes com dinheiro do povo tem de acabar….

    eu queria ser grande mas tenho vergonha na cara logo nem vou pedir nada ao estado nem quero saber do estado para negocios…só manipulados e engendritas

    é facil sem gigante em portugal é só olharem para politicos… entrao pobres e saiam ricos…

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