O Benfica foi ao Funchal arrancar uma vitória magra, por 1-0, frente ao Marítimo. O único golo foi marcado logo ao segundo minuto, pelo suspeito do costume.
Apesar de esse tento ter ameaçado um bom espectáculo – a partida até foi entretida e aberta na primeira parte -, a verdade é que o encontro arrastou-se no segundo tempo, muito por culpa da expulsão de Cláudio Winck perto do intervalo, o que levou os insulares a recuarem mais no terreno.
As “águias” não conseguiram tirar proveito dessa vantagem numérica, mas sempre lançaram sementes para o futuro, com as estreias de Sandro Cruz (titular) e Tiago Gouveia.
Jogo interessante no Funchal, aberto, de ataque de ambos os lados, típico de final de época entre equipas praticamente sem objectivos classificativos óbvios. E começou da melhor forma, logo com um golo.
Ao segundo minuto, Gil Dias interceptou a bola, rematou, Paulo Victor fez uma defesa incompleta e Darwin Nuñez, quem mais, surgiu a cabecear para o 1-0.
O jogo manteve-se aberto, por vezes partido, com os insulares a terem um pouco mais bola e o Benfica a tentar aplicar as suas já famosas transições em velocidade, mas a boa reacção dos da casa ia evitando males maiores.
Porém, aos 42 minutos, Cláudio Winck foi expulso por vermelho directo, por entrada sobre o estreante lateral-esquerdo do Benfica, Sandro Cruz.
O jogador de 20 anos era, aliás, o melhor em campo ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 6.3, com todos os 20 passes certos, o máximo de acções com bola (39), de recuperações de posse (6) e desarmes (3).
O Marítimo não se rendeu e, mesmo reduzido a dez elementos, fez frente aos “encarnados”, equilibrando até em termos de posse e iniciativa em alguns períodos da etapa complementar.
A diferença é que, a actuar numa espécie de 4-4-1, os insulares deixaram de ser tão efectivos em termos ofensivos, pelo que deram menos dores de cabeça à formação benfiquista.
Só que também as “águias” mostravam pouca qualidade ofensiva.
Os lisboetas até criavam alguns lances interessantes, mas ou o último passe não saía, ou então a definição final pecava pela falta de objectividade, pecando por lentidão ou um toque a mais, que goravam as investidas.
E nos descontos, Vlachodimos evitou o empate, com um golpe de rins, a lance de Alipour.
Melhor em Campo
Mais um golo, o 26º na Liga Bwin, mais uma eleição de MVP. Darwin Nuñez, Jogador do Mês GoalPoint de Abril, terminou com um GoalPoint Rating de 7.1, fruto do tento que marcou, mas também por ter sido o mais rematador da partida, com cinco remates, dois enquadrados.
O uruguaio fez dois passes para finalização, teve eficácia em dois de quatro cruzamentos e somou o máximo de acções com bola na área contrária (8).
Destaques do Marítimo
Matheus Costa 6.5 – O central brasileiro teve de aplicar-se perante a pressão benfiquista, que jogou toda a segunda parte em superioridade numérica. Matheus só falhou três de 36 passes e somou 14 acções defensivas, com destaque para quatro desarmes e dois bloqueios de remate.
Iván Rossi 5.9 – O “trinco” insular não se limitou a trabalho defensivo, terminando o jogo com três passes para finalização, máximo do jogo. Em 50 entregas completou 46 e teve sucesso nas duas tentativas de drible.
Vitor Costa 5.7 – Um dos mais consistentes jogadores do Marítimo, o lateral-esquerdo brasileiro foi, a par de Otamendi, o jogador com mais acções com bola (72), e ainda registou três desarmes.
Destaques do Benfica
Vlachodimos 6.9 – O Benfica jogou muitos minutos com mais um jogador, atacou mais e foi mais perigoso, mas não fosse o grego e as coisas poderiam ter sido menos agradáveis para as “águias”. O guarda-redes grego fez cinco defesas e completou todos os 12 passes realizados.
Sandro Cruz 6.5 – Que bela estreia do lateral-esquerdo de 20 anos, que rendeu Grimaldo. O jovem foi o melhor em campo na primeira parte, saiu aos 72 minutos, mas com números muito interessantes. Com 91% de eficácia de passe (32 certos em 35), registou o máximo de recuperações de posse (8) e ainda quatro desarmes.
Vertonghen 6.2 – Seguro e implacável no passe. O belga fez 56 entregas e completou-as todas, incluindo oito longas e 11 passes aproximativos.
Gil Dias 6.2 – O extremo começou o jogo a interceptar um passe e a rematar para defesa incompleta de Paulo Victor, lance que terminou na recarga vitoriosa de Darwin. Gil Dias fez cinco passes ofensivos valiosos, quatro conduções aproximativas, duas super aproximativas, seis recuperações de posse e três desarmes.
Weigl 6.1 – O alemão esteve, essencialmente, bem no passe, com 95% de eficácia (52 certos em 55), recuperou seis vezes a posse e ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou.
Otamendi 6.0 – A par de Vitor Costa foi o jogador com mais acções com bola (72), falhou apenas dois de 57 passes e registou cinco intercepções, máximo da partida.
Everton 5.6 – O brasileiro bem procurou o golo, mas sem sucesso. Everton fez três remates, todos desenquadrados, somou o máximo de passes ofensivos valiosos (7) e foi dono do número mais alto de desarmes (5).
João Mário 5.6 – Faltou velocidade ao médio, não só no sprint, como a definir as jogadas. Ainda assim fez três remates, dois de fora da área, e um passe de ruptura.
Gonçalo Ramos 5.5 – Jogou pouco menos de meia-hora, fez dois passes para finalização, só errou uma de 11 entregas, e pouco mais.
Tiago Gouveia 5.2 – O extremo de 20 anos teve a sua estreia na equipa principal do Benfica, entrando no decorrer do segundo tempo. Fez seis passes, todos certos, e tentou quatro vezes o drible, mas apenas uma com sucesso.
Paulo Bernardo 4.9 – Jogo apagado do médio, que não teve lucidez com bola. Com 79% de eficácia de passe, ainda fez três desarmes, mas consentiu quatro dribles e cometeu cinco faltas, ambos máximos.
Resumo
// GoalPoint