Iniciativa Liberal / Facebook
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Mariana Leitão
A candidata pela Iniciativa Liberal (IL) às eleições presidenciais, Mariana Leitão, não sabe o que pensar de Henrique Gouveia e Melo. Por sua vez, acha que Luís Marques Mendes está longe de representar “ambição” que tanto defende.
Em entrevista ao programa da Antena 1 Política com Assinatura, a candidata a Belém pela IL Mariana Leitão confessou ter dificuldade em subscrever as “duas ou três intervenções” do putativo candidato Gouveia e Melo, considerando que eleição de um militar poderia colocar em causa a relação entre a política e as forças militares.
“Não tenho medo de Gouveia e Melo, até porque não sei quem é Gouveia e Melo em concreto (…) Não sabemos o que é que pensa (…) Não se sabendo exatamente aquilo que pensa e defende, o Almirante já teve duas ou três intervenções na praça pública com ideias que eu tenho dificuldade em subscrever”, afirmou.
Questionada depois sobre se considera que seria um retrocesso voltar a ter um militar em Belém, Mariana Leitão respondeu: “O equilíbrio entre as áreas política e militar é importante, mas ao termos um militar ou um ex-militar novamente na Presidência da República põe em causa esse equilíbrio“, acrescentou.
Na mesma entrevista, a candidata liberal também atacou Marques Mendes. Mariana Leitão acha que o antigo líder do PSD está longe de defender o pilares que defendeu na apresentação da sua candidatura, nomeadamente a “ambição”.
“Não acho que Marques Mendes consiga representar essa ambição. Estamos a falar de uma pessoa a quem falta a convicção de que é preciso políticas diferentes para termos resultados diferentes. E Marques Mendes faz parte da história em que, nas últimas décadas, nós temos sempre tido as mesmas políticas à espera de, por milagre, ter resultados diferentes”, acusou.
Quanto ao ainda inexistente candidato socialista, Mariana Leitão acusou Pedro Nuno Santos de andar à deriva e à caça do melhor perfil que mas lhe convém: “Parece-me que o PS está um pouco à deriva e está a tentar moldar o perfil à medida do candidato que vai querer apoiar. Como, entretanto, as coisas vão mudando, vai adaptando esse perfil àquilo que lhe é mais conveniente”, disse.
“De alguma forma, todos os possíveis candidatos às presidenciais representam ideias ou convicções que para mim são os meus adversários. O medo, o populismo e todo esse aproveitamento para ter ganhos de causa (…) e um certo conformismo com o qual eu também não lido bem”, considerou a candidata liberal.
Dos eventuais candidatos, nenhum parece servir. E o senhor que está lá agora? Quanto a Marcelo Rebelo de Sousa, Mariana Leitão diz que fala demasiado.
“Comentou demasiado, demasiados temas. Acho que esse foi um dos principais erros que fez com que se banalizasse a palavra do Presidente da República. Portanto, aquele ímpeto que ele poderia ter de dar esta urgência aos temas, de garantir que o caminho que é, no fundo, um guia para o futuro do país, perdeu-se”.
Mariana Leitão disse também que o próximo Presidente deve dissolver o Parlamento e convocar eleições, caso o próximo Orçamento do Estado não seja aprovado: “Porque é pior vivermos em duodécimos e na instabilidade política”.