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Marcelo reuniu com Lula, mas não revela o teor da conversa. Presidente diz que visita é apenas de cariz cultural

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António Cotrim / Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa durante o encontro com Lula da Silva, em São Paulo, Brasil, 30 de julho de 2021

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse sexta-feira à chegada a São Paulo que a cultura tem um “papel fundamental” na convergência entre Portugal e o Brasil, rejeitando que a agenda alargada de encontros políticos esteja relacionada com as eleições presidenciais brasileiras de 2022.

“O objetivo é essencialmente a inauguração do Museu da Língua Portuguesa, que é um grande momento, grande momento”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à chegada ao hotel, no primeiro de quatro dias de visita.

Logo no primeiro dia, Marcelo Rebelo de Sousa encontrou-se com o ex-Presidente do país, Lula da Silva, numa conversa que durou cerca de uma hora, mas não quis revelar os temas da discussão.

“Falou da sua visão sobre o Brasil. Mais do que isso estas conversas são para ouvir e não para expôr publicamente”, referiu o Chefe de Estado português.

“Eu oiço, retenho e é um elemento de informação”, acrescentou Marcelo em declarações à RTP. Por sua vez, Lula da Silva não prestou declarações à comunicação social.

Questionado pelos jornalistas, o Presidente Português rejeitou que a agenda de encontros políticos, que inclui também inclui uma audiência com o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, tenha como fim preparar terreno para o resultado que venha a sair das eleições presidenciais de 2022.

Não tem nada a ver com isso. A cultura, neste momento, tem um papel fundamental na convergência entre Portugal e o Brasil e esta reinauguração é um grande momento cultural, que vai para além de Portugal e Brasil”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, assinalando que também o chefe de Estado cabo-verdiano estará na inauguração.

Por isso, sublinhou, esta visita “tem a ver com a realidade da língua portuguesa no mundo e isso envolve responsáveis portugueses, mas também brasileiros, como antigos chefes de Estado”.

“São muitos e proporcionou-se poderem encontrar-se com o presidente da República portuguesa num momento culturalmente importante”, reforçou.

A visita de Marcelo Rebelo de Sousa ocorre numa altura em que a popularidade do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, está em queda e cresce a contestação às suas políticas, nomeadamente à forma como lidou com a pandemia de covid-19.

Durante a visita de quatro dias ao Brasil, além de Bolsonaro e Lula, o chefe de Estado português tem encontros previstos com os antigos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer.

A viagem de Marcelo Rebelo de Sousa vai dividir-se entre São Paulo, onde no sábado participa na reinauguração do Museu da Língua Portuguesa e tem previstos os encontros com os ex-chefes de Estado brasileiros, e a capital, Brasília, onde será recebido por Jair Bolsonaro.

No dia de hoje, o dia mais intenso da viagem, Marcelo Rebelo de Sousa participa na cerimónia de reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, reconstruído com a ajuda de Portugal após o incêndio de dezembro 2015, e tem vários encontros, nomeadamente com o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, com o ex-presidente brasileiro Michel Temer e com representantes da comunidade portuguesa.

ZAP // Lusa

 

5 Comments

  1. Porque é que este exibicionista foi ao Brasil? Para estourar o dinheiro dos contribuintes, que lhe pagam TODAS as suas viagens? PROVAVELMENTE!

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