Presidente da República esteve com o primeiro-ministro em visitas relacionadas com PRR. Mas Marcelo “não irá mais, está visto”.
Marcelo Rebelo de Sousa vs. António Costa. É mais um “com” do que “vs.” de acordo com o primeiro-ministro.
Ainda na semana passada, Costa reforçou a boa relação com o presidente da República.
“Ninguém pressupõe que estejamos sempre de acordo. Mas não me recordo de nenhum período em que entre uma maioria de um partido e um presidente de outro tenha havido uma relação tão feliz e normal”, garantiu.
No entanto, a realidade mostra que o “vs.” está cada vez mais presente.
Marcelo Rebelo de Sousa comentou, há cerca de um mês, que a maioria absoluta liderada por António Costa está “requentada” e “cansada”.
Pouco depois, ainda foram vistos juntos, aparentemente sorridentes um com o outro, na Cimeira Ibero-Americana, na República Dominicana.
Mas, quando voltaram a Portugal, estiveram em Aveiro e em Viseu a visitar obras financiadas pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.
Marcelo não gostou do que viu, nesse dia. As obras não estavam “grande coisa”, indicam fontes próximas do presidente, no jornal Expresso.
O presidente da República está atento à execução das verbas, aos seus prazos. Chegou a dizer, publicamente, que não vai perdoar Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, se houver falhas nesse processo.
Nessas visitas ao lado de António Costa, foi fazendo perguntas sobre os prazos do que estava a ver – numas visitas que pareciam lideradas pelo primeiro-ministro. Ou seja, uma espécie de Presidência Aberta do primeiro-ministro com o presidente como convidado.
Marcelo não ficou satisfeito, nem com o método, nem com o desenrolar dos projectos.
“O Presidente não irá mais. Está visto”, asseguram fontes presidenciais. O presidente da República não quer voltar a visitar as obras, distrito após distrito. Quer evitar visitas alargadas ao terreno, sobretudo ao lado de Costa, sujeito a novos protestos dos portugueses.
Dois assuntos estarão a criar o maior “choque” entre Marcelo e Costa: a situação dos professores e as medidas para combater a crise na habitação.
Num país decente, este governo já tinha sido demitido. Sampaio, se fosse vivo, concordaria comigo.
Eu também espero que eles caiam com grande estrondo!!!!
Onde andam o Primeiro Ministro e Presidente da República? Desaparecerem ou têm medo de dizer a verdade aos portugueses? É tempo de falar verdade aos portugueses. Demitam os mentirosos.