Marcelo só se recandidatou por causa da pandemia e acredita que Costa fica até 2026

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Rodrigo Antunes / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O chefe de Estado diz que o seu primeiro mandato foi muito desgastante, mas que sentiu uma obrigação de continuar devido à pandemia. Marcelo também acredita que a promessa de Costa de que não vai sair antes do fim do mandato “é para levar a sério”.

Em entrevista ao podcast do Expresso Deixar o Mundo Melhor, com Francisco Pinto Balsemão, Marcelo Rebelo de Sousa falou da sua relação com António Costa.

“Nem sei bem como é possível haver um PR que não se entenda bem com um primeiro-ministro numa matéria que a Constituição reparte entre os dois. Na política de defesa e na política externa têm de se entender a 100%“, afirmou, questionado sobre se partilhava a visão de Costa no plano externo.

Sobre os rumores de que Costa pode sair a meio do mandato para assumir um cargo europeu, algo a que o Presidente da República se referiu no discurso na tomada de posse do Governo, Marcelo diz que já foi “muito claro” sobre a sua posição. “Já o conheço desde os 19 anos, acho que o que ele disse é para levar a sério“, declara.

Questionado sobre o que o levou a recandidatar-se à Presidência em 2021, Marcelo responde com uma palavra: pandemia. O chefe de Estado explica que o seu primeiro mandato foi difícil, lembrando os incêndios de 2017, os “movimentos inorgânicos e de populismos de 2018 em diante” e a pandemia de covid-19.

“Se não houvesse pandemia eu não me candidatava. Entendi que dar o lugar a outra pessoa“, afirma, sublinhando que acredita que “a renovação é uma característica da democracia”. Contudo, sentiu que tinha a obrigação de continuar.

Marcelo também falou sobre os seus planos quando sair de Belém. “Já disse que não vou dar aulas, não vou intervir na comunicação social em termos de comentário. Não vou intervir politicamente sobre antecessores e sucessores”, avança.

“Vou pôr o acento tónico na minha parte da ação social. Aí tenho de escolher, por causa da minha idade, tenho de escolher algumas áreas. Ou será sem-abrigo ou cuidados paliativos ou cuidadores informais”, afirma, acrescentado que leva a sua idade em consideração porque “uma coisa era ser voluntário de cuidados paliativos com 60 anos, outra coisa é com 80 anos”.

Apesar de já não querer dar mais aulas, o chefe de Estado admite que o bichinho da educação ainda persiste e que quer continuar a participar em conferências. “A educação é uma coisa que eu gostava de retomar. São dez anos em que não fui professor. Retomar para perceber aquilo que mudou”, admite.

Adriana Peixoto, ZAP //

6 Comments

  1. A pandemia foi um ato premeditado, a prova é que morrem agora três vezes mais que na fase da suposta pandemia, gabaram-se de sermos o país mais vacinado do mundo e agora onde mais mortes ocorrem, porque será!?
    DEMITA-SE a pandemia já foi!
    Por cada ano do seu mandato o país fica mais pobre 10 anos!!!

  2. Alguém ainda acredita no que este Sr. diz? Continua a fazer campanha…..Será que vão alterar a Constituição para ele se recandidatar
    Para ele assuntos que não sejam para dar televisões , não lhe interessam e não se debruça sobre eles, nem dá respostas às questões colocadas.
    Vai de 15 em 15 dias a Fátima. Bem precisa pois vive em pecado permanente, uma vez que não se divorcia-porque é católico-
    mas vive com outra pessoa Enfim……………..

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