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Marcelo pressiona Costa a sair da comissão de honra de Luís Filipe Vieira

Miguel A. Lopes / Lusa

Embora não condene publicamente o facto de António Costa integrar a comissão de honra de Luís Filipe Vieira, sabe-se que Marcelo deverá abordar o assunto na reunião com o primeiro-ministro.

Questionado sobre se aceitaria o convite para integrar a comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do SL Benfica, Marcelo Rebelo de Sousa não quis comentar.

O Presidente da República recusou passar um ‘raspanete’ ao primeiro-ministro, mas ao que o Observador apurou, em 2017, o chefe de Estado recusou integrar a comissão de honra da recandidatura de António Salvador ao Sporting de Braga.

Marcelo tinha integrado a comissão em 2013 quando ainda era comentador político, mas explicou que não o podia fazer de novo devido ao cargo que ocupa. Assim, embora o Presidente português não admita diretamente que reprova a atitude de António Costa, parece que o próprio tem uma opinião forte no que isso significa a nível ético.

“O que eu sei é através da comunicação social e o que eu ouvi foi a explicação do senhor primeiro-ministro dada na comunicação social. Só saberei mais na audiência [com Costa] daqui por uns dias”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, no domingo, aos jornalistas.

Em direto no Jornal das 8, da TVI, poucas horas depois, Marcelo voltou a falar sobre o assunto, defendendo o chefe do Governo: “O que se trata aqui é de uma situação concreta, envolvendo um titular de um órgão de soberania, um clube de futebol, um ato eleitoral de um clube de futebol, em determinadas circunstâncias, num contexto político e jurisdicional também determinado”.

Segundo o jornal online Observador, Marcelo vai abordar a questão na próxima reunião semanal com António Costa, esta quinta-feira.

Desde o início, o primeiro-ministro recusou-se a dar justificações sobre o assunto, sem negar que integrava a comissão de honra: “Não vou fazer nenhum comentário sobre um assunto que não tem rigorosamente nada a ver com a vida política, nem com as funções que exerço, que exerci. É um assunto completamente estranho à vida política”.

ZAP //

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