O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que não houve polémica com o Governo do Qatar e que teve “a ocasião de dizer o que entendia que devia dizer”.
Como avançado na quinta-feira, o embaixador português em Doha, Paulo Pocinho, foi chamado pelo vice-primeiro-ministro do Qatar após aquilo que considerou serem declarações “hostis” de altas figuras do Estado português, nomeadamente de Marcelo, e do primeiro-ministro, António Costa.
Questionado sobre o assunto horas depois da vitória da Seleção Nacional frente ao Gana, o chefe de Estado português que a situação “acabou por não ser polémica”.
“Foi uma missão duplamente cumprida, e houve mais dificuldade em cumprir no futebol do que na outra parte, em que tive a ocasião de dizer o que entendia que devia dizer”, respondeu Marcelo, em declarações transmitidas pela CMTV, e citadas esta sexta-feira pelo ECO.
Na quinta-feira, participou numa conferência sobre “Educação de Qualidade”, defendendo o acesso de homossexuais e migrantes à educação no Qatar. “Os direitos humanos são os direitos sociais, económicos, políticos, mas também os direitos pessoais. E isso é tão importante”, declarou.
E continuou: a educação deve “incluir todos” – “os pobres, os migrantes, pessoas com ideias políticas diferentes, mesmo com orientações sexuais diferentes”.
Quando indagado sobre essas declarações, e sobre o facto de poderem ter melindrado os políticos do Qatar, Marcelo comentou: “uma coisa é audiência preparatória da visita do Chefe de Estado, que faz sentido. Depois, o primeiro-ministro ficou ao meu lado e ouvi mesmo, durante o colóquio, que o ambiente era um ambiente (dos vários presentes, das várias nacionalidades) de concordarem com aquilo que eu estava a dizer”.
“Parecia-me, a mim, óbvio, concordando mais numas coisas do que noutras, mas aceitando o ponto de vista que eu exprimia ali em relação a matérias que são fundamentais à minha visão como professor e como Presidente”, concluiu.
O Qatar tem sido criticado pelo tratamento dos trabalhadores migrantes, principalmente os que estiveram envolvidos na preparação do Mundial, e pelas leis conservadoras. Na semana passada, Marcelo foi criticado devido a declarações interpretadas como de desvalorização desta temática.
Caso , não saiba , o Emir do Qatar està-se a marimbar para o que quer que seja vindo de quem quer que seja . Condenável é que a mafia do futebol se tenha submetido a tal escolha para realizar este evento ! ….. o “Dinheiro fala mais alto” ! … mas na minha carteira está mudo !
Uma atitude insurrecta por parte do Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, ficando assim justificado o facto de ter sido eleito somente por uma minoria (2.534.745 votos), o que lhe retira qualquer legitimidade para exercer o cargo pois não representa a Maioria dos Portugueses.