Marcelo Rebelo de Sousa garante que não se recandidatará caso se repitam os grandes incêndios florestais do ano passado.
Ainda que não acredite que uma nova tragédia como os incêndios do ano passado volte a acontecer, Marcelo Rebelo de Sousa garante que, se vier a ocorrer, já tomou uma decisão: não se recandidata.
“Voltasse a correr mal o que correu mal no ano passado, nos anos que vão até ao fim do meu mandato, isso seria, só por si, no meu espírito, impeditivo de uma recandidatura“, afirmou.
Em entrevista ao jornal Público e à rádio Renascença, o Presidente da República considera “decisiva” a forma como o país irá conseguir preparar-se para o próximo verão para a avaliação que ele próprio fará do seu mandato presidencial.
“É fundamental para o próprio juízo que o Presidente fará sobre o seu mandato presidencial. Como quem diz, quando eu avaliar, em meados de 2020, o mandato presidencial – portanto, olhar para o passado – e depois também avaliar ou não a existência de um dever de consciência“, disse.
Para o Presidente da República o país acordou para o problema da tragédia dos incêndios florestais e tanto no plano legislativo, como no parlamentar, político-partidário e governamental, foi feito “o que era necessário fazer e era possível fazer neste espaço de tempo”.
“Encontrei quer da parte do primeiro-ministro, quer do ministro da Administração Interna, do Governo como um todo, quer da parte dos partidos sem exceção, uma preocupação, uma atenção e um empenho nesta matéria”, sublinha Marcelo.
No entanto, apesar disso, lembra que não é possível dar garantias. “Há calamidades naturais em relação às quais não é possível dar garantias“, defende.
Quando questionado, na mesma entrevista, se teve acesso ao relatório da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) sobre Pedrógão Grande, que veio a público na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa preferiu não interferir.
“Da minha boca não se ouvirá nada que signifique colocar o que seja de um pauzinho num engrenagem que interessa que funcione bem para os portugueses em geral, para Portugal”, garantiu.
“Estamos em véspera de transição da Primavera para o Verão, que coincide normalmente com a época mais complexa em termos de incêndios. Portanto, tal como noutras circunstâncias em véspera de desafios, o que temos de fazer não é estar a mostrar preocupações, ou apreensões, dúvidas”, disse.
“Agora trata-se de mobilizar vontades, de ultrapassar divergências e de canalizar esforços para o grande objetivo, que é o de evitar que se repitam as tragédias do ano passado”, concluiu o Presidente da República.
Costa diz que Marcelo “não manda recados pelos jornais”
O primeiro-ministro reagiu à entrevista de Marcelo Rebelo de Sousa, na qual o Presidente garante que se a tragédia dos incêndios do ano passado se repetir não se irá recandidatar.
Segundo o Observador, António Costa não crê que Marcelo Rebelo de Sousa esteja a “mandar recados pelos jornais” quando diz que caso “tudo volte a correr mal” nos incêndios isso seria “decisivo” para a sua ponderação sobre se deve ou não recandidatar-se.
“A relação entre o Governo e o Presidente da República desenvolve-se num diálogo normal e todas as matérias que o governo tem para transmitir ao sr. Presidente da República, fá-lo diariamente ou, pelo menos, semanalmente. E o inverso também é verdadeiro: o sr. Presidente da República não manda recados ao Governo pelos jornais. Dialoga diretamente com o Governo”, disse Costa.
A declaração do chefe de Estado contrasta com a que Costa disse há semanas, quando afirmou que não veria razões para se demitir mesmo que voltasse a haver mortes nos incêndios em Portugal.
Em declarações transmitidas pelas televisões, Costa disse que “estamos todos a trabalhar” para que a tragédia do ano passado não se repita. O país voltar a arder “é um cenário que não se põe”.
Dr. António Costa não há Futuro promissor sem a correção dos Problemas e Erros do Passado e do Presente. E a Corrupção é um dos mais graves Problemas do País. Aos olhos do Povo todos os sinais de inoperancia indicam que o PS (e o PSD) convive bem com a Corrupção. E porquê? Porque certamente há muitos mais Pinhos e Sócrates dentro do PS (e do PSD) e belíssimos empregos de ex-políticos e seus filhos nas grandes empresas, entre outras situações. Intermináveis Favores em Cadeia. 44 anos passaram e estamos cada vez pior nesta matéria. Será que os políticos portugueses teem a obsessão de ter belas Vivendas com piscina, Apartamentos de 700.000 Euros, pomares com 40.000 macieiras, etc.? E teem posses para isso ? A DINAMARCA – o país mais feliz e menos Corrupto do Mundo – condenou, à pouco tempo, um indivíduo a Prisão Perpétua. Em Portugal, pelo contrário, o Dr. António Costa teme discutir, no seu Congresso, o estado da Justiça Portuguesa e a Corrupção que alastra sem parar. O que será que o Povo Português pensa disto ?
Caro rm, não discordo do que diz no seu comentário, mas pergunto: e tudo isso que tem que ver com a eventual não candidatura de Marcelo?
Incêndios/Recandidatura! Que desculpa tão “esfarrapada” para não se recandidatar !
Será que haverá outro motivo derivado da geringonçada ? Haverá traições camufladas ?!
Não é de excluir a hipótese de se tratar de um recado enviado à “direita”. “Direita que, certamente, não gostaria de ver a sua República, quero dizer Portugal, presidida por alguém do outro lado.
Que desculpa que ninguém acredita Penso que é que já não terá mais beijinhos para dar e selfs para tirar, pois é o que tem feito neste anos.
Eu acho que não deve ser fácil ser Presidente com todas as situações que se apresentaram o ano passado! Não estou a desculpar, só quero dizer que se estivéssemos no seu lugar, o que faríamos?
Não queremos ninguém a fugir. Queremos sim, todos a trabalhar para que tudo corra bem. Contamos consigo, senhor Presidente.
Então que culpa julga ter Marcelo? O cargo de Presidente é simbólico. Se vetar uma lei ela passa na mesma…
Nada tem uma coisa a ver com a outra. A probabilidade de haver incêndios como no ano passado deve ser de 0,0000001%. Acho que o presidente já disse uma vez que era só um mandato. Mas é evidente que quando chegar a hora haverá monte de argumentos. Nem que seja porque “a situação politica e económica atual do país assim o exige”. A gente já os conhece…
Neste momento estão todos a comer da mesma panela, já não chegam beijinhos e abraços
Será que é desta que ele vai? afinal os incêndios continuam em grande escala.Mas não acredito que queira perder o ”Tacho”