“Prestígio enorme para Portugal”. Marcelo e Costa saúdam recondução de Guterres na ONU

2

Eduardo Costa / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República e o primeiro-ministro saudaram, esta terça-feira, o apoio do Conselho de Segurança das Nações Unidas à recandidatura de António Guterres ao cargo de secretário-geral.

“Queria dizer-vos que é com muita alegria que soube que o Conselho de Segurança adotou como sua a candidatura do engenheiro António Guterres a uma reeleição como secretário-geral das Nações Unidas”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, a meio de um percurso a pé no concelho de Câmara de Lobos, na Madeira, onde se encontra para as comemorações do Dia de Portugal.

O chefe de Estado realçou que este “é um processo às vezes complicado” e que os membros permanentes do Conselho de Segurança “são decisivos”.

Segundo o Presidente da República, “é um prestígio enorme para Portugal esta aceitação a nível mundial de países tão diferentes como os Estados Unidos, o Reino Unido, a França, a República Popular da China e a Federação Russa”.

“O facto de darem esta luz verde significa, no fundo, um caminho aberto para a Assembleia Geral depois adotar em plenário a decisão, o que quer dizer que, ao contrário da eleição, que foi muito tarde – eu lembro-me de ter ido com o senhor primeiro-ministro à posse em dezembro [de 2016] -, nas reeleições é muito mais cedo”, referiu.

De acordo com o chefe de Estado, “provavelmente o plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas será antes do verão”.

“E se for assim teremos de ver se, de repente, na programação internacional não é preciso integrar a ida à posse do engenheiro Guterres”, observou.

Marcelo considerou que Guterres teve um primeiro mandato “muito difícil” como secretário-geral das Nações Unidas, em que conviveu com “uma administração norte-americana muito unilateralista, não multilateral, muito protecionista”, de Donald Trump.

“Portanto, foi um mandato muito difícil, e ele conseguiu ultrapassá-lo. Eu espero que este próximo mandato, se for confirmada, como tudo indica, a sua reeleição, seja não direi mais fácil, mas menos complicado do que foi o mandato anterior”, acrescentou.

O primeiro-ministro, António Costa, também partilha dessa opinião, considerando que Guterres teve um primeiro mandato “difícil” no contexto internacional.

“É com satisfação que vemos um concidadão nosso a ser agora proposto para ser reconduzido para um novo mandato, num quadro felizmente bastante diferente“, declarou o chefe do Executivo.

“O engenheiro António Guterres é um português que exerce o mais relevante cargo a nível internacional e, obviamente, é uma honra para Portugal ver o Conselho de Segurança propor à Assembleia-Geral das Nações Unidas a sua recondução para um novo mandato.”

Tem sido um incansável lutador pela paz e defesa dos direitos humanos e tem sido um grande advogado da ação climática para a prevenção e defesa daquilo que é o futuro da Humanidade”, acrescentou Costa.

No cargo desde janeiro de 2017, o ex-primeiro-ministro português, de 72 anos, era o único candidato, já que, apesar de ter havido dez candidaturas individuais, nenhuma foi aceite, por não contar com o apoio de qualquer dos 193 países membros da organização.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Recebe a maior pensão deste País e apesar de receber o salário da ONU, continua a receber a choruda pensão em Portugal. Com gente assim não há dúvidas que isto vai de vento em popa para ele.

    • Não é a maior subvenção vitalícia – infelizmente há quem receba mais do dobro – mas é óbvio que o Guterres não a devia receber.
      Nem ele, nem ninguém!…
      Pior é haver criminosos condenados que também recebem, como o Vara ou o Duarte Lima…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.