A Deco Proteste revela que o custo de um cabaz de produtos de marcas próprias dos supermercados aumentou mais do que o das outras marcas.
As marcas próprias dos supermercados são muitas vezes vistas como uma alternativa mais em conta para a carteira. No entanto, a diferença de custo para as outras marcas encurtou.
De acordo com a Deco Proteste, o custo de um cabaz com 30 produtos de marcas próprias aumentou 32% no ano passado — valor muito superior aos 13% registados pelo mesmo conjunto de produtos com a marca de fabricantes.
Por exemplo, o Correio da Manhã realça que um litro de leite meio-gordo aumentou 81%, chegando ao 0,87 euros, e um pacote de bolacha Maria aumentou 70%, atingindo 1,82 euros.
Tanto nos produtos de marca própria dos supermercados como nos produtos de marca de fabricantes, os aumentos foram muito acima do valor da inflação, que o ano passado atingiu 7,8%.
Feitas as contas, a fatura do cabaz com marcas próprias passou de 34,25 euros para 45,15 euros. Enquanto isso, o mesmo cabaz das outras marcas passou de 79,37 euros para 89,44 euros. Ainda assim, as marcas próprias dos supermercados continuam a compensar para os consumidores.
Paralelamente, o valor do cabaz de bens alimentares essenciais voltou a aumentar na semana passada. De acordo com a Deco Proteste, o preço a pagar é agora de 226,98 euros.
O aumento é de cerca de um euro, mas marca uma tendência de contraste com os preços nos outros países. O índice de referência dos preços internacionais das matérias-primas alimentares desceu em março pelo 12.º mês consecutivo, com 2,1% inferior em comparação a fevereiro e 20,5% a menos em relação ao mesmo mês de 2022. Portugal foi o país da Zona Euro onde os preços mais subiram no mês passado.