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Manuais escolares estão esgotados devido a atraso das editoras

Mário Cruz / Lusa

Há manuais escolares que estão esgotados e as livrarias estão com dificuldades em responder aos pedidos. Em causa está a decisão tardia de suspender a devolução dos livros, que deixou as editoras em contrarrelógio para distribuir os manuais.

O problema já tinha sido denunciado pelas próprias editoras e livreiros. A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) considerou haver “um tempo curtíssimo para todo o trabalho relativo à impressão e distribuição” dos livros, “a começar pela compra urgente de matéria-prima para o efeito”.

Em comunicado, a APEL disse que as editoras terão de fazer “em pouco mais de um mês algo que, por regra, exige pelo menos quatro a cinco meses de trabalho”.

Nas primeiras cinco semanas deverão ser usados os manuais do ano passado, mas os pais já estão a encomendar os novos, escreve o Jornal de Notícias.

“Há mais títulos esgotados, muito mais cedo do que o habitual. Em anos anteriores, era frequente haver um ou outro título que esgotava, mas nunca em agosto”, disse ao JN Fernando Ramalho, da Tigre de Papel, em Lisboa.

Jorge Ascenção, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), apelou às famílias que não adiem as encomendas. Apesar dos atrasos, o responsável da Confap recomenda que se faça as encomendas o mais cedo possível para que as editoras possam fazer as encomendas atempadamente.

Tanto as editoras como as livrarias terão de se adaptar para conseguir responder à demanda. As editoras vão “recorrer a gráficas especializadas na impressão do livro escolar”, “reformular os planos de produção” e “reforçar as equipas das áreas gráfica e logística e os turnos operacionais”. Por sua vez, às livrarias “será exigido um esforço significativo no atendimento das encomendas”.

Fonte da Porto Editora garantiu ao JN que já foram abastecidos “50% dos manuais escolares encomendados”. A editora diz que não há títulos esgotados e que “eventuais falhas que possam existir são sempre momentâneas e resolvidas em pouquíssimos dias”.

ZAP //

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