Um manifesto, assinado por 196 figuras políticas de vários partidos, pede a destituição imediata de Pablo Iglesias. O vice-presidente do governo espanhol é acusado de “não acreditar na dignidade democrática” e de ser “um incendiário”.
“Se a sua demissão não ocorrer, o custo eleitoral que o Partido Socialista pode sofrer será o menor [dos problemas]. Deveríamos estar mais preocupados com o precedente de ter trazido para o governo uma pessoa cuja única virtude conhecida é a demagogia e cuja única vocação é a fachada”, lê-se no manifesto citado pelo jornal espanhol El Mundo.
“A democracia espanhola não pode permitir a presença de um incendiário no Conselho de Ministros. Diante da história, a responsabilidade de quem o nomeou permanecerá”, escrevem os signatários do manifesto.
Iglesias é ainda acusado de não ter alcançado “nenhuma conquista” nem nenhum “esforço louvável” enquanto vice-presidente do governo.
Entre os signatários do manifesto estão os ex-dirigentes socialistas Joaquín Leguina, que foi presidente da Comunidade de Madrid, e Nicolás Redondo Terreros, ex-dirigente do partido no País Basco.
Ainda em agosto do ano passado, a oposição política pedia a demissão de Pablo Iglesias. Dirigentes do Podemos, assim como o próprio partido, são acusados de administração desleal e peculato, na sequência de uma denúncia apresentada pelo ex-advogado do Podemos, José Manuel Calvente.
Este cenário motivou pedidos de demissão e de renúncia de Pablo Iglesias, pelo PP e pelo Vox, enquanto o Podemos atribuiu esta última acusação a uma tentativa de desestabilizar o partido e o Governo.