“Manda pro car**** o Blue Monday”. Campanha da Primor gera polémica

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Wikimedia

Numa campanha online, a loja de cosméticos Primor sugeriu que os clientes mandassem para o dia mais triste do ano para o “car****”.

A loja de cosméticos Primor tentou alegrar os seus clientes nesta última “blue monday” — conhecido como o dia mais triste do ano — com um campanha de 10% de desconto em todo o site.

Até aqui, nada de especial, mas a polémica surgiu na escolha de palavras usada no email de marketing enviado aos clientes que sugeria que mandassem a blue monday “pro car****“, com todas as letras.

Não tardaram a aparecer queixas no Portal da Queixa sobre o palavreado vulgar da campanha. Ana Soares foi uma das queixosas, descrevendo o email como “absurdo”. “Sou cliente online e da loja física e fiquei chocada ao receber um email a mandar pró ca******! Existe alguém que possa justificar esta situação? Estou chocada! Falta de respeito!”, escreveu a utilizadora.

Marina Leal também fez queixa devido ao “email com linguagem de todo não aceitável” e Alex considera que a linguagem é “inadmissível numa comunicação ao público”. Já Andreia lembra que “este tipo de comunicações pode chegar a menores”.

A marca acabou por voltar atrás e retirar o palavrão da campanha no site, mas não deu qualquer explicação além da resposta padrão às queixas, onde promete reencaminhar a queixa ao departamento responsável.

As reações e memes também não tardaram nas redes sociais, com muitas teorias em cima da mesa, desde uma falha na tradução da mensagem original em espanhol ou uma aposta deliberada numa campanha arrojada para garantir mais cliques nos emails e mais disseminação da campanha.

Em declarações ao ECO, José Aguiar, founding partner na agência All Comunicação e especialista em comunicação de crise, acredita que se tratou de um erro de tradução que não tem em conta que em Portugal a expressão utilizada é “bastante pouco aceite socialmente, sobretudo no contexto de uma marca que se quer relacionar com o público”. “Tal como uma empresa comunica com os clientes nos bons momentos, também devia falar nos momentos menos bons“, defende.

José Franco, managing partner na agência Corpcom, concorda e lembra que as marcas podem “aproveitar para capitalizar sobre o erro“ e oferecer um desconto extra com um pedido de desculpas, por exemplos.

ZAP //

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