Um ano depois, Malásia abre inquérito sobre morte da britânica Nóra Quoirin

Fazry Ismail / EPA

As autoridades malaias abriram um inquérito sobre a morte da adolescente britânica, encontrada morta, em agosto de 2019, a dois quilómetros e meio do hotel onde estava hospedada com a família.

Nóra Quoirin, de 15 anos, estava num resort com a família no estado de Negeri Sembilan, na Malásia, em agosto do ano passado, quando desapareceu. O seu corpo foi encontrado completamente despido, dez dias depois, junto a um curso de água numa zona de selva.

Na altura, a polícia malaia concluiu que não havia indícios de crime, tendo afirmado que a jovem morreu na sequência de uma hemorragia interna provocada, nomeadamente, por fome e stress durante um longo período de tempo.

Mas os pais da adolescente britânica, que sofria de uma deficiência mental chamada holoprosencefalia, insistiram que a filha, que estava a dormir num quarto com os dois irmãos, não se teria afastado sozinha.

Em janeiro, as autoridades encerraram o caso, uma decisão que deixou os pais chocados. “Sendo uma criança vulnerável, com dificuldades físicas e mentais significativas, recusamos fortemente qualquer conclusão que aponte para o facto de a Nora estar sozinha durante todo o tempo do seu desaparecimento”.

Agora, um ano depois, as autoridades malaias decidiram abrir um novo inquérito sobre o desaparecimento e morte da jovem. Esta segunda-feira, cita a BBC, Maimoonah Aid, uma das responsáveis pela investigação, afirmou que o objetivo é determinar como e quando é que Nóra morreu e se alguém estava “criminalmente” ligado ao caso. Aid disse ainda que esta investigação serve para fazer “justiça a todos”.

Segundo a emissora britânica, os pais não puderam comparecer aos procedimentos na Malásia devido à pandemia de covid-19, mas devem prestar o seu depoimento através de videoconferência na próxima semana.

O inquérito deverá prolongar-se até ao dia 18 de setembro. De acordo com o semanário Expresso, além de novas visitas ao local onde o corpo foi encontrado, estão previstas entrevistas a mais de 60 testemunhas.

ZAP //

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