Nora desapareceu há dez dias na selva da Malásia. Corpo foi agora encontrado

Fazry Ismail / EPA

A polícia malaia anunciou que foi encontrado o cadáver da adolescente franco-irlandesa Nora Quoirin, desaparecida há dez dias na Malásia, a dois quilómetros e meio do hotel onde estava hospedada com a família.

O cadáver, encontrado despido junto a um curso de água numa zona de selva, já foi identificado pelos pais.

Nora Quorin, que sofria de uma deficiência mental ligeira, desapareceu na noite de 3 para 4 de agosto do hotel The Dusun, no estado de Negeri Sembilan, cerca de 70 quilómetros a sul de Kuala Lumpur, onde tinha acabado de chegar com a família, residente em Londres, para duas semanas de férias.

Os pais de Nora Quoirin são um casal irlandês-francês que vive em Londres há cerca de 20 anos, de acordo com a instituição de caridade britânica que apoia pessoas com problemas no estrangeiro Lucie Blackman Trust.

As buscas para a encontrar prolongaram-se por dez dias e envolveram cerca de 350 polícias, bombeiros, mergulhadores e voluntários, apoiados por helicópteros. Segundo a polícia, o corpo foi descoberto por voluntários registados junto das autoridades numa zona onde já tinham sido feitas buscas.

O cadáver foi transportado de helicóptero para a morgue do hospital, onde foi identificado e deverá ser autopsiado.

O comandante adjunto da polícia nacional, Mazlan Mansor, disse que a polícia continua a tratar o caso como um desaparecimento, apesar de os familiares da rapariga terem evocado a hipótese de rapto. A família garantiu num comunicado que não acredita que a rapariga tenha saído sozinha.

O vice-chefe da polícia de Negeri Sembilan, Che Zakaria Othman, adiantou que uma equipa forense está a analisar as impressões digitais encontradas na casa de onde a rapariga desapareceu, mas escusou-se a dar mais detalhes. Ainda assim, o vice-chefe da polícia esclareceu que era a janela da sala de estar do andar térreo que estava aberta, e não a do quarto, no andar de cima, onde a adolescente dormia com os dois irmãos.

Che Zakaria Othman não adiantou se a janela estava aberta do lado de fora ou de dentro, lembrando que a investigação está em curso. Os pais estavam noutro quarto, também no andar de cima.

Os pais, Meabh, irlandesa, e Sébastien, francês, elogiaram os esforços das autoridades para encontrar a filha e ofereceram uma recompensa de 50.000 ringgit (cerca de 10.650 euros) por informações, compensação financiada por uma empresa irlandesa.

ZAP // Lusa

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