Morreram mais duas pessoas que infetadas com legionella, elevando para sete o número de vítimas mortais do surto da bactéria responsável pela Doença dos Legionários, uma pneumonia grave.
De acordo com a SIC Notícias, uma das vítimas faleceu no Hospital de Vila Franca de Xira, a outra no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
De acordo com o último balanço feito pela Direção-Geral de Saúde (DGS), ontem à tarde, há pelo menos 278 infetados com a bactéria.
A confirmação das duas mortes chega horas depois de o Diretor-Geral de Saúde, Francisco George, ter afirmado à TSF que “as medidas [de prevenção] podem ser aliviadas”, numa altura em que a situação está “mais tranquila do que nos dias iniciais” e “a água da rede municipal foi reforçada em termos de desinfeção”.
Autoridades convictas de que eliminaram as fontes de contaminação
O secretário de Estado da Saúde afirmou hoje que as autoridades estão convictas de que eliminaram todas as fontes de contaminação por legionella em Vila Franca de Xira e que o assunto “está resolvido”.
“Tanto quanto podemos afirmar, estamos convictos de que eliminámos as fontes que estavam necessariamente ativas para gerar este surto”, afirmou Fernando Leal da Costa à agência Lusa, no intervalo de uma conferência sobre combate à dependência de álcool e drogas nos países de língua portuguesa que decorre em Lisboa.
O foco da infeção terá sido nas torres de refrigeração da empresa Adubos de Portugal, localizada em Alverca, concelho de Vila Franca de Xira. No entanto, quando questionado especificamente sobre a origem do surto, o governante disse apenas que “há um conjunto de investigações que estão a ser feitas”, não apontando nenhum local concreto.
A identificação da fonte “é importante para não se voltar a repetir, mas o mais importante para o Ministério da Saúde era tratar as pessoas imediatamente, mesmo sem saber de onde era a fonte, atuando em todas as fontes possíveis”.
O governante garantiu que as autoridades agiram segundo as boas práticas internacionais e salientou “as medidas que foram tomadas, independentemente da identificação da fonte, de termos atuado para melhorar, se é que era preciso, as condições de cloragem da água e de ter imediamente procedido à desinfestação de todas as torres de refrigeração”.
A estratégia das autoridades, assim, foi agir em todas as frentes: “Tomámos as medidas de largo espectro que iriam prevenir a emissão de legionella a partir de todas as fontes”, disse Leal da Costa à Lusa.
Para o futuro próximo, o secretário de Estado espera “assistir à diminuição progressiva de novos casos”, sublinhando: “brevemente esperamos começar a ter altas dos doentes internados e que a situação regresse à normalidade”.
ZAP
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