Há pelo menos 267 pacientes que receberam alta hospitalar mas continuam a viver nos hospitais. O risco de infeções é um dos maiores problemas.
O sistema de saúde português enfrenta uma crise significativa, com pelo menos 267 pessoas que já receberam alta clínica a continuar internadas em 12 hospitais. Estes pacientes aguardam por uma vaga numa resposta social ou na Rede Nacional de Cuidados Continuados, alguns há mais de um ano.
Este atraso na alta hospitalar, motivado por razões sociais, está a criar constrangimentos no normal fluxo de doentes, especialmente para aqueles que necessitam de internamento após serem admitidos nos serviços de urgência. Adicionalmente, há um risco aumentado de os utentes contraírem infeções hospitalares, explica o Jornal de Notícias.
Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APHP), ressalta a necessidade urgente de reforçar as vagas em respostas sociais para aliviar o número de internamentos inapropriados, que, em março, chegavam aos 1675. A longo prazo, defende a criação de uma rede integrada de apoio aos idosos e às famílias.
Dos 14 hospitais e centros hospitalares inquiridos pelo JN, apenas sete responderam. O Centro Hospitalar Universitário de São João tem 41 utentes nesta situação, com um tempo médio de permanência hospitalar de quase um ano (334 dias). O Centro Hospitalar Universitário de Santo António regista 47 pessoas em internamento social, com um caso que já dura desde novembro de 2021. O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho reporta 48 utentes em espera, alguns há mais de um ano.
Em Braga, o número de utentes em espera por uma resolução social duplicou em comparação com 2022. No Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, 33 pacientes aguardam por uma solução, com a estadia mais longa a aproximar-se dos dois anos (687 dias).
No sul do país, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central tem 39 utentes nesta situação, com o internamento mais longo a durar 419 dias.
Este cenário reflete uma crise profunda no sistema de saúde português, revelando não apenas uma sobrecarga nos hospitais, mas também uma lacuna significativa nas respostas sociais e na rede de cuidados continuados.
O Governo que pare de PATROCINAR as cadeias, onde quem lá está não for por fazer uma boa ação, mas sim por se ter portado mal. Não merece uma prenda, mas sim um castigo. Pelo menos foi assim que eu fui educada, e deveria ser assim a educação da sociedade. Que ajudem a ampliar os lares, pelo menos, o nosso dinheiro iria servir para algo útil, para ajudar quer contribuiu com o seu trabalho pela sociedade.