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Mais cartas com balas em Espanha. Alvo era presidente da região de Madrid

Uma carta com balas enviada à presidente da região de Madrid, de direita, foi intercetada pelo serviço de correios, anunciou na terça-feira o governo espanhol, após ameaças semelhantes terem sido dirigidas a responsáveis políticos de esquerda.

“Os sistemas de segurança dos correios do centro de distribuição de Sant Cugat (Catalunha, nordeste) detetaram uma carta dirigida à presidente da região de Madrid e que continha dois projéteis“, indicou o governo num comunicado.

Os correios também detetaram em Vallecas, bairro do sul de Madrid, uma outra “carta destinada à direção-geral da Guarda Civil e que continha quatro projéteis”, adiantou.

A polícia “investiga os casos” que foram “firmemente condenados” pelo governo.

No passado fim de semana, o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, o líder do partido Podemos (esquerda radical) Pablo Iglésias e a chefe da Guarda Civil, Maria Gamez, receberam cartas com ameaças de morte e balas de uma espingarda utilizada pelo exército espanhol entre os anos 1960 e 1980.

Isabel Ayuso denunciou então a utilização política que, segundo ela, a esquerda fez dessas ameaças e falou de “circo”.

A ministra do Turismo do governo de Pedro Sánchez, Reyes Maroto, também recebeu na segunda-feira um envelope com uma “faca ensanguentada”, mas, segundo a comunicação social espanhola, uma pessoa com doença mental foi identificada como o remetente.

As cartas com ameaças inflamaram a campanha das eleições regionais, nas quais a esquerda, atrás nas sondagens, colocou a luta contra a extrema-direita no centro do escrutínio.

Na sexta-feira, Pablo Iglésias abandonou um debate na rádio quando a candidata do partido de extrema-direita Vox, Rocio Monasterio, levantou dúvidas sobre a autenticidade das ameaças.

Na terça-feira, os socialistas apelaram à formação de um “cordão sanitário” para impedir o Vox de entrar no governo da região, mas, de acordo com as sondagens, Isabel Ayuso poderá necessitar do apoio da ultra direita para governar.

// Lusa

 

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