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Obras de arte do Estado desaparecidas são quase impossíveis de localizar. Busto de Salazar é uma delas

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José Coelho / Lusa

Maioria das obras de arte do Estado que estão desaparecidas são quase impossíveis de localizar. Falta de registo fotográfico, imprecisões nas fichas de inventário, rubricas ilegíveis e ausência de autos de entrega são alguns dos problemas detetados.

Entre as 94 obras de arte do Estado que estão desaparecidas, em 63 delas não há documentos oficiais que comprovem o último local de depósito, o que torna praticamente impossível de as localizar.

A ministra da Cultura disse este domingo que vai remeter à Procuradoria-Geral da República o relatório da Direção-Geral do Património Cultura (DGPC), que conclui existirem 94 obras de arte do Estado português desaparecidas.

“Será enviado esta semana para a Procuradoria-Geral da República o relatório e todos os seus anexos para que possa desenvolver as diligências”, disse Graça Fonseca.

Segundo a TSF, que teve acesso ao relatório da DGPC, em muitos casos, o inventário apenas faz referência ao nome, autor data e número de coleção da obra. A rádio realça que há uma falta de registo fotográfico das obras, imprecisões nas fichas de inventário, rubricas ilegíveis e falta de autos de entrega.

quatro obras de Graça Morais que foram roubadas do Centro Cultural de Belém em 1992 e ainda continuam desaparecidas.

Destaca-se ainda um lote de 20 obras de arte que desapareceram em 2000 após terem sido cedidas temporariamente ao então Secretário de Estado dos Recursos Humanos e da Modernização da Saúde, Arnaldo Silva. Entretanto, o Estado português perdeu o rasto das peças.

Helena Almeida, Maria Helena Vieira da Silva, Graça Morais, António Dacosta, José de Guimarães, Cristina Iglésias, Rosa Ramalho e Abel Manta estão entre os autores cujas certas obras desapareceram. Há até um busto de António Oliveira Salazar, da autoria de Francisco Franco, que está desaparecido.

Cerâmica, têxteis, gravuras, pinturas, esculturas, desenhos e fotografias são o tipo de obras que constam na lista do relatório da DGPC.

A TSF salienta ainda alguns casos em que as peças foram enviadas para restauro e acabaram por nunca regressar ao local de origem, obras que terão ardido num incêndio na Galeria de Arte Moderna de Belém e extravios internacionais.

ZAP //

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6 Comments

  1. é assim que esta malta que nos desgoverna, dos polticos a muitos da AP, tratam o que não é deles.

    é mais ou menos como fazem com os nossos impostos.

  2. …rubricas ilegíveis e ausência de “altos” de entrega são alguns dos problemas detetados. Onde se lê “altos”, deverá ler-se “Autos” de Entrega, documento elaborado aquando da entrega de “determinado bem”, “determinada coisa”.
    E a respeito da falta de tal documento, importa referir que infelizmente tal procedimento não é tido nos devidos momentos de entrega e muitas vezes considerado indispensável, porque tudo se resolve à boa maneira… sem qualquer formalidade… entregando-se e logo se verá o que pode acontecer… até um dia!!!!
    Inventariação de peças… outro assunto desnecessário… Tanto faz inventariar como não… e se o inventario é feito, o rigor também não lhe assiste, isto porque, tanto faz inventariar uma estante de alumínio… como faz inventariar uma estante de bilros… Diz-se apenas: – uma estante! Tudo à boa maneira!!!
    Depois queixam-se dos espertismos, dos oportunistas, etc. !!!! Há que fazer bem e melhor!!!…

  3. eu sei onde estão, estão na casa de um; politico, gestor, advogado, juiz, policias, ministros, empresas grandes de interesses, gestores, bancários, corruptos, falta mais algum? há ou na casa do Castelo Branco, que ele gosta de arte€€€€€€€€€€€€ eles todos, por favor estou farto é que antigamente eu não sabia de tantos ladrões em tudooooo e conseguia andar melhor dia a dia, mas agora com tanta informação anda a arrebentar com o meu orgulho de ser Português, que tenho orgulho, muito vamos acabar com esta palhaçada de uma vez para sempre.

  4. Por os vistos “desaparece muita coisa”, obras de arte, documentos administrativos, armas e artefactos, dinheiro dos Bancos, material e maquinas dos hospitais, só não desaparece a enorme quantidade de vigaristas, politiqueiros e corruptos que ninam a Sociedade Portuguesa. O Bicho está no fruto ( Portugal )!…….é só esperar que caia de vez de podre !

  5. Afinal e o problema das eventuais obras de arte das ex-colónias em Portugal, existem ou não? Ou existem e estão também desaparecidas? Se existem, acho curial o seu levantamento e devolução aos países de origem, como sugere ou propõe a deputada, e como fizeram a França, Alemanha e outras ex-potências coloniais? Ou Portugal continua a negar que foi uma potência colonial, somente teve província ultramarinas, e não colónias, sempre tratou bem os pretinhos, era pluri-racial e multi-continental, de Minho a Timor. Mas para quê viver em estado de negação permanente e não admitir que Portugal fez excelentes coisas, a nível da globalização do planeta, mas foi também, de facto, uma potência colonial, e, no passado, esteve, também, envolvido em muitas coisas feias (escuso as mencionar), tal como as outras potências coloniais. Se existem obras de obra únicas das ex-colónias, acho que, de facto, deviam ser inventariadas e devolvidas, é a melhor atitude, e seria bonito não é? E assim podemos dizer em coro, viva a lusofonia! Abraço a todos os portugueses, principalmente aos meus grandes amigos portugueses e ao André Ventura, também, se ele aceitar!

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