Maioria dos professores contratados chumbaram a Português e Física-Química

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Tulane Public Relations / Flickr

Português (nível 2) e Física-Química foram as disciplinas com mais reprovações na componente específica da prova de avaliação de conhecimentos dos professores contratados, realizada em março, divulgou nesta sexta-feira o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE).

A percentagem de chumbos em Português (nível 2) atingiu os 60,4%, em 64 das 106 provas validadas, e em física-química os 63,2%, em 43 dos 68 testes considerados válidos.

Em contrapartida, nas restantes disciplinas, a taxa de aprovação foi superior à da reprovação, variando entre os 57,7 (biologia-geologia) e os 100% (artes visuais nível 1, educação especial 1 e 3, eletrotecnia e música).

Em Matemática (nível 1), área disciplinar com maior número de provas feitas, 450 no total, a percentagem de aprovações atingiu os 58,4%, com uma média de classificação de 63,7 por cento, de acordo com os dados do IAVE.

A Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades destina-se a professores contratados, com menos de cinco anos de serviço, e, sem o seu aproveitamento, os docentes não podem posteriormente dar aulas.

Neste ano letivo, a componente comum do exame realizou-se a 19 de dezembro, enquanto a específica, de 25 a 27 de março.

Às provas específicas foram admitidos 1.565 candidatos, sendo que cada docente pôde inscrever-se em mais do que uma área disciplinar (eram 24 disciplinas ao todo), consoante os grupos de recrutamento escolar para os quais tinha habilitação profissional.

Só puderam fazer a componente específica os candidatos aprovados na componente comum, que avaliou o raciocínio lógico e a capacidade de comunicação em língua portuguesa.

Das 2.338 inscrições validadas para a componente específica, foram classificadas 2.153 provas (houve 176 faltas, seis desistências e três testes anulados).

O Ministério da Educação e Ciência justifica, numa nota hoje divulgada, a importância do exame de conhecimentos com a necessidade de garantir “uma geração de professores altamente preparada e qualificada” e de dar um “incentivo a uma maior exigência na formação inicial dos candidatos a professores”.

A tutela adianta que “a não aprovação de um candidato não impede que este realize nova prova em momentos subsequentes”.

Sindicatos, incluindo a Federação Nacional de Professores, a maior estrutura sindical do setor, contestam a legitimidade do exame, invocando que os docentes já demonstraram anteriormente as suas competências e os seus conhecimentos.

/Lusa

5 Comments

  1. Era isto que o Sócrates devia ter feito e não fez! Pelos dados desta notícia temos tido maus professores! Aqui está o motivo do medo desta prova! Voltem à faculdade!

    • Faculdade, ou 12º Ano? Vale que não é generalizado, mas grassa por ali muita incompetência… E no ensino dos nossos filhos… Percebe-se a “força” do sindicato “fenprof” contra a avaliação… Reaccionários a pagar transportes para criar “corpo”.

  2. Se é para fazer exames, que os façam TODOS os professores e não apenas alguns!!!
    De resto, nada contra!
    Tem é que se começar a fazer exames a todos os funcionários públicos, principalmente os dos cargos mais importantes…

    • O caracol grande é mais raro do que o mexilhão!
      A uns damos o crivo das eleições, aos outros espera-se que não hibernem, pelo menos, na manutenção dos conhecimentos para que foram contratados!

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