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Mãe e mulher de suspeito de liderar milícia trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro

Depois de as autoridades terem revelado a detenção de cinco pessoas suspeitas no envolvimento no assassínio de Marielle Franco, a imprensa brasileira revelou que há duas ligações entre um dos líderes dessa organização criminosa e Flávio Bolsonaro.

Esta terça-feira, a polícia brasileira anunciou a detenção de cinco pessoas suspeitas no envolvimento no assassínio da vereadora Marielle Franco. No mesmo dia, os jornais do país avançaram que há pelo menos duas ligações entre um dos líderes dessa organização criminosa e Flávio Bolsonaro, filho do Presidente do Brasil.

A Operação Intocáveis decorreu no Rio de Janeiro e resultou na captura de cinco pessoas suspeitas de pertencerem à organização Escritório do Crime.

Segundo o Público, este grupo é procurado por extorsão a moradores e comerciantes com cobranças ilegais na favela de Rio das Pedras e é também suspeito de envolvimento em assassínios, nomeadamente o de Marielle Franco.

Esta terça-feira, a Folha de S. Paulo, o Globo e a revista Veja adiantaram que a mãe e a mulher de um dos líderes do grupo, Adriano Magalhães da Nóbrega, trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro até novembro do ano passado, quando o filho do atual Presidente brasileiro era deputado federal pelo Rio de Janeiro.

As mulheres pediram para ser exoneradas no ano passado, o que aconteceu a 13 de novembro.

Raimunda Veras Magalhães, mãe do ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, é também uma das pessoas que fez transferências de dinheiro para a conta do ex-assessor e ex-motorista de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, que está agora a ser investigado por “movimentações atípicas” no valor e 1,2 milhões de reais (280 mil euros).

Flávio Bolsonaro foi também implicado neste caso. No entanto, a investigação foi suspensa por um juiz do Supremo Tribunal na semana passada, a pedido do próprio.

O filho de Jair Bolsonaro argumentou que o Ministério Público pediu informação sigilosa sobre a sua pessoa ao Conselho de Controlo de Atividades Financeiras (Coafe) já depois de ter sido confirmado como senador, cargo que lhe confere imunidade.

Adriano Magalhães da Nóbrega é um dos oito suspeitos que continuam a monte na sequência da operação desta terça-feira. O suspeito é um ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), expulso da Polícia Militar em 2014.

Nesse ano foi considerado culpado de envolvimento numa organização suspeita de cometer homicídios e outros crimes no meio de uma guerra de poder entre máfias do jogo, em 2011.

ZAP //

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