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Maduro volta a antecipar o Natal. Celebrações começam 2 meses antes

(h) Miraflores Press / EPA

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, antecipou na quinta-feira em dois meses, pelo segundo ano consecutivo, as celebrações tradicionais da quadra natalícia no país, que este ano começaram em 15 de outubro.

Para assinalar a decisão do executivo, os canais estatais venezuelanos iniciaram uma campanha, divulgando um cartaz em que o Presidente Nicolás Maduro aparece acompanhado pela mulher, Cília Flores, num ambiente natalício, que inclui uma imagem da Virgem Maria com o menino Jesus nos braços.

“Impulsionamos a soberania alimentar”, pode ler-se no cartaz, anunciando que o “Presidente constitucional da Venezuela” liderava uma atividade “de início do Natal” de 2020, na tarde de quinta-feira.

O início das celebrações natalícias na Venezuela ocorre depois de o presidente Nicolás Maduro anunciar que aprovou “recursos para adquirir 10 milhões de brinquedos como parte do plano Natais Felizes”, que vão chegar às crianças venezuelanas através das caixas de alimentos a preços solidários distribuídos pelo Estado.

“Levemos a esperança, alegria e sorrisos a cada filho e filha da Pátria”, disse Nicolás Maduro em declarações à televisão estatal.

Entretanto, segundo Nicolás Maduro, a Venezuela prepara-se para flexibilizar a quarentena preventiva da covid-19, pelo que vai iniciar um processo para impulsionar o comércio local que prevê reativar, a partir de dezembro, a atividade turística, aplicando um protocolo de biossegurança especial.

Este é o segundo ano consecutivo em que o Presidente da Venezuela antecipa o Natal, o que aconteceu pela primeira vez em 2019.

Nessa altura, Nicolás Maduro disse à televisão estatal que “nada nem ninguém vai tirar a felicidade e a paz do povo, que recebe o Natal com um país em tranquilidade e se prepara para ter um ano de desenvolvimento e prosperidade”.

A exuberância das celebrações contrastava com um país desolado por uma grave crise económica, mergulhado numa hiperinflação, assolado pela tensão política e pelo êxodo de mais de quatro milhões de venezuelanos, depois de Maduro ter tomado posse para um segundo mandato assombrado pelas acusações de um processo eleitoral fraudulento.

ZAP // Lusa

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