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Macron debaixo de fogo por querer título oficial de primeira-dama para a mulher

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Francois Mori / EPA

A nova primeira-dama da França, Brigitte Trogneux

O Presidente francês está a enfrentar a revolta de muitos franceses por ter proposto um título oficial de primeira-dama para a esposa, o que lhe garantia um subsídio através de fundos públicos.

Segundo o The Guardian, foi criada uma petição, que já conta com mais de 220 mil assinaturas, contra a proposta de Emmanuel Macron em querer atribuir um título oficial de primeira-dama à sua esposa.

A constituição francesa não reconhece nenhum estatuto especial ao companheiro do Presidente, no entanto, este tem na mesma direito a um escritório e funcionários e seguranças pagos pelo Eliseu, que custam ao estado cerca de 450 mil euros por ano.

De acordo com o jornal britânico, criar um título oficial para Brigitte Trogneux implicaria a criação de um orçamento à parte para ser entregue à primeira-dama. Algo que não faz sentido para os franceses, ainda para mais numa altura em que Macron se prepara para apresentar uma lei que proíbe os membros do executivo de contratarem mulheres e filhos.

Recorde-se que, durante as eleições presidenciais, rebentou um escândalo envolvendo o nome do candidato François Fillon, que terá contratado a mulher Penelope e os filhos para empregos fictícios.

O criador da petição, o artista e autor Thierry Paul Valette, afirma: “Não há nenhuma razão para que a esposa do chefe de Estado possa receber um orçamento através de fundos públicos. Atualmente, Brigitte Macron já dispõe de dois ou três assistentes, assim como dois secretários e dois seguranças e isso é suficiente”.

Valette diz ainda que qualquer decisão deverá ser feita através de um referendo. “Cabe aos franceses escolher quem os representa e não a outros. No entanto, mais de 65% estão contra a criação de um estatuto especial para Brigitte Macron”.

A indignação contra a proposta surge numa altura em que a popularidade de Macron está a descer a olhos vistos. No mês passado, uma sondagem mostrou que apenas 36% dos franceses estão satisfeitos com o seu novo líder. No mesmo período dos seus mandatos, François Hollande e Nicolas Sarkozy tinham 56% e 66%, respetivamente.

ZAP //

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