Macron aceita demissão de Attal. Conversas à esquerda pararam: “Chega de manipulações”

Michel Spingler / EPA

Governo de França vai ficar em gestão, provavelmente até ao fim dos Jogos Olímpicos. Mélenchon em confronto com os socialistas.

A incerteza política continua a reinar em França.

Nesta terça-feira, em Conselho de Ministros, o presidente Emmanuel Macron informou o Governo que vai aceitar nas próximas horas a demissão do primeiro-ministro Gabriel Attal.

A informação da agência France-Presse surge uma semana depois de o mesmo Macron ter recusado a demissão do primeiro-ministro, na sequência das eleições do dia 7 de Julho.

O actual Governo ficará em gestão durante “algum tempo” – provavelmente até ao fim dos Jogos Olímpicos de Paris (dia 11 de Agosto), ou até mais tarde.

Divisão à esquerda

Entretanto, continuam as complicadas negociações à esquerda para tentar chegar a um consenso sobre o nome a apresentar para primeiro-ministro.

A coligação Nova Frente Popular venceu as eleições mas, como seria de esperar, há divisões internas entre os partidos que formam essa aliança de esquerda.

Durante as conversas desta segunda-feira, o líder do principal partido França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, entrou em confronto com os socialistas – e foram suspensas as discussões sobre a formação do próximo Governo.

O Partido Socialista francês insiste nos seus próprios candidatos, veta candidatos da França Insubmissa, e enquanto isso acontecer, Mélenchon não voltará a falar com os socialistas.

“Estão a fazer bloqueio político. Chega de manipulações”, declarou Jean-Luc Mélenchon, citado no Handelsblatt.

O Partido Socialista apresenta Olivier Faure como candidato principal, mas o França Insubmissa tem vários candidatos em vista, incluindo o próprio Mélenchon (que é uma “pedra no sapato” para muitos políticos, até dentro do seu partido).

ZAP //

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