O Presidente francês, Emmanuel Macron, recusou a renúncia do primeiro-ministro, Gabriel Attal, pedindo-lhe que permaneça temporariamente como chefe do Governo, após a reviravolta nas eleições legislativas de domingo.
Na ressaca das eleições de domingo, o primeiro-ministro francês Gabriel Attal entregou o pedido de demissão ao Presidente francês.
Mas Emmanuel Macron recusou.
“O Presidente pediu a Gabriel Attal para permanecer no cargo por enquanto para assegurar a estabilidade do país“, lê-se num comunicado da presidência francesa.
Após a divulgação dos resultados eleitorais, Attal tinha lembrado que o pedido de dissolução do Parlamento não foi dele (foi de Macron, depois das eleições europeias) e, por isso, não será ele a “sofrer” as consequências dessa decisão.
Depois da deslocação ao palácio presidencial para apresentar a renúncia, Attal informouu que poderia permanecer no cargo durante os Jogos Olímpicos de Paris ou por mais tempo, se fosse necessário.
Os resultados da votação de domingo aumentaram o risco de paralisia governamental da segunda maior economia da União Europeia (UE).
Futuro de França incerto
Macron, que ficou em silêncio na noite passada, não vai nomear já um primeiro-ministro.
O presidente de França vai esperar pela nova composição da Assembleia Nacional para decidir. Provavelmente vai dar tempo para surgir alguma (e pouco provável) coligação, após negociações entre partidos.
Há a hipótese de Gabriel Attal continuar como primeiro-ministro, liderando um Governo provisório – embora fosse estranho, já que o centro (liberais) tem agora praticamente um terço dos deputados dos dois extremos.
ZAP // Lusa