Lukashenko diz a Putin que Grupo Wagner quer “fazer uma excursão a Varsóvia”

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Prachatai / Flickr

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko

Numa reunião com o presidente russo Vladimir Putin, em São Petersburgo, o presidente bielorrusso Alexander Lukashenko disse que os combatentes do Grupo Wagner transferidos para a Bielorrússia começaram a “incomodá-lo”, porque “querem fazer uma excursão a Varsóvia”.

Segundo a agência russa Interfax, citada pelo portal independente Meduza, o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, terá dito ao presidente russo, Vladimir Putin, que os combatentes do Grupo Wagner estacionados na Bielorrússia “começaram a incomodá-lo”.

Os wagneritas começaram a incomodar-nos“, disse Lukashenko. “Eles dizem queremos ir para oeste, permita-nos’“.

“Quando lhes pergunto porque querem ir para oeste, dizem-me ‘bem, queremos fazer uma excursão a Varsóvia“, adianta Lukashenko.

“Estou a mantê-los no centro da Bielorrússia, como combinado, e não gostaria de os mobilizar para oeste, porque eles estão de mau humor“, acrescenta o presidente bielorrusso.

De acordo com a agência de notícias estatal bielorrússia Belta, Lukashenko levou para a sua reunião com Putin um mapa que mostra uma alegada mobilização de tropas polacas para a fronteira com o “Estado da União”, a união supranacional da Bielorrússia com a Rússia.

Segundo Lukashenko, uma brigada polaca está agora localizada a 40 quilómetros da cidade bielorrussa de Brest, enquanto outra se encontra a 100 quilómetros de Grodno.

A divulgação desta conversa entre Lukashenko e Putin surge depois de nos últimos dias se ter assistido a uma escalada de tensão entre a Rússia e a Polónia — que, ao contrário da Ucrânia, é desde 1999 um país membro da NATO.

Recentemente, tropas mercenárias do Grupo Wagner mobilizadas na Bielorrússia realizaram exercícios conjuntos com tropas bielorrussas em Bretsky, a cerca de 10 km da fronteira com a Polónia.

Em reação a estes exercícios conjuntos, que um porta-voz da defesa polaca chamou “uma provocação”, o Ministro da Defesa do país, Mariusz Błaszczak, anunciou o envio de 1.000 soldados para defender a fronteira com a Bielorrússia.

Após este anúncio, o presidente russo afirmou esta sexta-feira que a Rússia usará “todos os meios ao seu alcance” para defender a Bielorrússia e acusou a Polónia, sem provas, de ter planos para invadir o país.“Qualquer agressão à Bielorrússia será vista como um ataque à própria Rússia“, alertou o presidente russo.

Putin acusou recentemente a Polónia de ter “ambições expansionistas” e de planear anexar territórios na Ucrânia, e referiu-se aos territórios ocidentais da Polónia como “o presente de Estaline aos polacos“.

ZAP //

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10 Comments

  1. Parecem esquecer-se que do outro lado da fronteira há um dos exércitos mais modernos do mundo…e um dos maiores, com quase um milhão de efetivos.

  2. Não sei quem é mais imbecil, se Lukashenko se os Wagner. Infelizmente, são imbecis perigosos. Cheira-me que andam a preparar alguma (espero estar enganado…).
    A propósito de ambições territoriais, é de lembrar que a maior parte da Bielorrússia, antes de ser inventada pela URSS, era território polaco, surripiado por Moscovo em Setembro de 1939 (no tratado Molotov-Ribbentrop).

  3. Todos os Wagner demoraram 8 m eses a conquistar Bakmut e perderam cerca de 20.000 homens, que raio fazimam eles contra a Polónia ?
    Era deixar-los vir… ao menos eram menos umas dezenas de milhares de assassinos.

  4. A russia roubou aos Polacos muito terreno ao lado este da Polonia que agora é o lado oeste da russia. Quem deu presente a quem? Ou melhor, Quem roubou de quem?
    Os russos tem doença de mentira aguda e profunda, mas falta lhes a inteligência de faze-lo de modo convincente e pensam que todos são tão estúpidos como eles.
    Bêbados e barbaros

  5. Uma ofensiva russa à Polónia, mesmo fronteiriça, levará a NATO a entrar diretamente no conflito, será a 3a Guerra Mundial.

  6. A guerra apenas terminará quando os russos forem corridos da Ucrânia. Até lá estaremos todos em guerra. Os ucranianos no campo de batalha e todos nós com sacrifícios para podermos financiar o esforço de guerra. No final, venceremos.

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