O primeiro-ministro, Luís Montenegro, prometeu, este sábado, maior agilidade em matéria de vistos para entrar no país e tratamento do fluxo migratório. André Ventura ouviu e não gostou: “esta é a direita que nunca devia ter sido direita”.
Luís Montenegro está, este fim-de-semana, em Cabo Verde – naquela primeira que é a primeira visita intercontinental enquanto primeiro-ministro.
Numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, na capital do arquipélago, Praia, este sábado, o líder do Governo português prometeu maior agilidade em matéria de vistos para entrar no país e tratamento do fluxo migratório.
Montenegro esclareceu que não há alteração de regras com o novo Governo, considerando natural que haja “regras mais ágeis” com países com maior proximidade como Cabo Verde ou outros que falem português.
“Isso não está em causa, que fique claro”, referiu.
Quem não gostou de ouvir estas palavras foi André Ventura.
À noite, em Faro, o líder do Chega acusou o primeiro-ministro de polarização, depois de ter prometido um reforço do controlo de fronteiras: “O PSD, em campanha e fora disto, disse: ‘nós concordamos com o Chega, é preciso controlar fronteiras, é preciso impedir está imigração massiva, não podemos ter portas escancaradas’, disse Luís Montenegro…”
“Mas agora no programa já falam na agência das migrações (…) e hoje mesmo [sábado] Luís Montenegro está em Cabo Verde a dizer que temos de ter mais imigrantes. Ou seja, esta é a direita que nunca devia ter sido direita“, atirou Ventura, à margem do 17.º Conselho Nacional.
“Prometeram-nos que iríamos ter controlo nas nossas fronteiras, e não o fizeram, porque são fracos e frouxos na imigração, como nós nunca fomos e como nós nunca seremos”, concluiu, perante aplausos na plateia.
Terá Ventura ouvido Montenegro até ao fim?
Curiosamente, Montenegro, no mesmo discurso, em Cabo Verde mencionou a “agência de migrações”, sobre a qual admitiu a existência de problemas: “Infelizmente, é uma evidência que temos acumulado problemas na agência que substituiu o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no que toca ao atendimento e prontidão de resposta. E isso está a prejudicar muito as pessoas”.
Além disso, o primeiro-ministro afirmou Portugal precisa de regulamentação, recusando a ideia de haver “portas escancaradas”.
“É intenção do Governo português ter uma política de portas que não são nem escancaradas, nem fechadas, uma política de regulamentação no respeito pelos direitos”, disse Montenegro, prometendo “mais agilidade neste processo”.
“A ideia de que podemos funcionar sem regras é utópica, nem tem vantagens para quem procura qualidade de vida”, mas, por outro lado – continuou Montenegro – “a ideia de fechar portas e frustrar a mobilidade” também não é viável, pelo que, “é no equilíbrio que nos estamos a concentrar, com mecanismos mais ágeis”, disse o primeiro-ministro.
“Infelizmente, nos últimos anos, a procura por soluções mais ágeis acabou por levar ao entupimento dos serviços e temos de fazer algumas coisas” para os “desentupir”, porque “não estão a dar uma reposta capaz”, acrescentou.
Cooperação entre Portugal e Cabo Verde
Montenegro garantiu a continuidade dos projetos de formação profissional apoiados por Portugal em Cabo Verde, considerando “virtuoso” o processo em curso: investir em formação no arquipélago para Portugal receber quadros qualificados, absorvidos na atividade económica, com proteção e garantias, no que classificou como “a melhor forma de acolher e integrar mão-de-obra imigrante”.
Trata-se de uma “aposta estratégica que interessa aos dois países” e que “não tem nada a ver com o quadro parlamentar que temos em Portugal”, disse, em resposta a um jornalista que questionou o risco que o aumento de deputados de extrema-direita possa trazer.
“Não me passa pela cabeça que alguém possa colocar em causa” um projeto com um “enquadramento” tão virtuoso, nem mesmo “que tenha dúvidas sobre fluxos migratórios”, concluiu Montenegro.
Do lado do Governo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva espera que se possa garantir uma mobilidade laboral “com direitos, de forma estruturada e organizada”, servindo de exemplo para o que podem ser as relações entre a Europa e África.
ZAP // Lusa
Opções políticas à parte, Montenegro é mesmo um caldinho sem sal… aquela postura facial e corporal que ele tenta com embaraço corrigir, não o ajuda nada…
Além de não ser, nem sequer consegue parecer…
Mais imigração? Está tudo louco?
Ninguém aprendeu ainda com o exemplo da Suécia?
Devia haver liberdade de estabelecimento de qualquer cidadão dos países da CPLP em todos os países dessa CPLP, exigindo-se apenas que tenha contrato de trabalho ou vá criar uma empresa. A pouco e pouco ir-se-ia assim criando um espaço económico comum, que poderia evoluir para uma associação política tipo Confederação. Uma comunidade de cerca de trezentos milhões de pessoas falando português e partilhando de valores civilizacionais comuns. O que nos libertaria de tutelas americanas ou europeias, sem cortar os laços económicos com essas duas regiões.
O 1º ministro Luis Montenegro fez várias promessas em campanha eleitoral aos portugueses. Ora, para início de governação e já pelas medidas anunciadas as mesmas foram um engodo. Ou seja, ” foi o bota abaixo” ao governo socialista que também não estava a governar bem e com muitos escândalos nos media mas, nada de novo como prometeu. Nas medidas sobre a imigração, disse que a politica socialista de ” portas escancaradas ” seria revista por maior controle nas fronteiras e passava por imigrantes terem um contrato de trabalho, que haveria um maior controle nos vistos de residência passados pelas juntas de freguesia. Ora, o Dr. André Ventura nesta sua intervenção recente ( no Sábado à noite ) vem denunciar e bem esta propaganda eleitoral . Ou, será que o 1º ministro tem um problema, também, de comunicação ?
Oh Lucinda, limita-te ao comentário político. Se quiseres ir pelo físico poderia sempre mencionar a postura balofa do vosso “grande” Mário Soares, da postura de orangotango do Ferro Rodrigues, do bonequinho da Michelin do Guterres e por aí fora. Mas não quero ir por aí…
Santa ignorância, ti Manel.
Nem sequer sabe a diferença entre postura e aparência física e vai daí, sai o disparate.
Estava no fim da fila, quando deus distribuiu certas competências….
Não tem culpa. Cada um é para o que nasce.
Ignorância e paspalhice … esse Ti manel .. não passa de um mentecapto