Na próxima sexta-feira, 27 de julho, vai dar-se o mais longo eclipse lunar do século XXI, com mais de 102 minutos de duração, no qual a Lua, sem desaparecer, adquirirá um tom avermelhado.
Segundo um comunicado do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias (IAC), baseado em dados da NASA, este será um eclipse total “com o máximo centrado no Oceano Índico“.
Ao contrário dos eclipses solares, as manchas poderão ser vistas de qualquer lugar do mundo, a partir do momento em que a Lua apareça acima do horizonte.
Um fenómeno deste tipo ocorre quando a Lua passa pela sombra da Terra. A atmosfera da Terra, que excede cerca de 80 quilómetros até o diâmetro do nosso planeta, age como uma lente que desvia a luz do sol e “filtra efetivamente os seus componentes azuis, deixando apenas a luz vermelha que será refletida pelo satélite”, assinada o IAC, para explicar “o brilho em tons de cobre tão característico” que a Lua adquire nessas ocasiões.
“Depois de dois anos sem eclipses totais da Lua na Europa, no próximo dia 27 de julho poderemos ver a Lua Vermelha novamente”, explica Miquel Serra-Ricart, astrónomo do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias. Depois disso, acrescentou o cientista, será necessário esperar até janeiro de 2019 para voltar a observar este curioso fenómeno.
A Lua começará a entrar na sombra da Terra pelas 18:24 horas UT e vai atingir a fase da totalidade do eclipse às 19:30 UT – durará 1 hora e 42 minutos.
O IAC vai transmitir o eclipse ao vivo através do seu canal, em colaboração com o projeto europeu Stars4all e com o Observatório HESS High Energy.
“Na transmissão ao vivo a partir da Namíbia, a escuridão produzida pelo eclipse permitirá descobrir objetos visíveis apenas a partir dos céus do sul”, acrescenta Serra-Ricart.
Por que será o eclipse lunar mais longo?
A cientista do Observatório Nacional, Josina Nascimento, explica e diz que “é tudo uma questão de geometria: neste eclipse da próxima sexta-feira a Lua vai passar bem no centro da sombra da Terra”.
Segundo Josina Nascimento, é fácil ver diversos planetas no céu durante o mês de julho, principalmente Marte, que estará próximo da Lua no dia do eclipse.
“Vários planetas estão visíveis a olho nu no céu: Vénus está visível a oeste após o pôr do Sol, Júpiter já está alto no céu quando o Sol se põe, Saturno está visível também no início da noite a leste e Marte que está no auge do seu brilho, está visível a leste logo no início da noite”, explicou.
Boas! Citando acima “Esperar até Janeiro de 2019..”
Pelo que li em diversas informações noticiosas este acontecimento só se dará novamente daqui a 100 anos.
Quando se diz 2019 não será 2119 ou posso considerar que fui enganado ?
Para todos os efeitos logo vemos.
“Para todos os efeitos logo vemos.”
logo vemos… se cá estivermos!