O Infarmed ordenou este sábado a recolha e retirada imediata de uma série de lotes de medicamentos protetores gástricos contendo o princípio ativo ranitidina do mercado, depois de ter sido detetada a presença de uma substância potencialmente carcinogénia na sua composição.
De acordo com o comunicado enviado pelo Infarmed ao Observador, terá sido detetada uma “impureza, N-Nitrosodimethylamine (NDMA)” na substância ativa, pelo que se aconselham os doentes em tratamento com esta terapêutica, indicada em casos de azia, úlcera duodenal ou gástrica e refluxo gastroesofágico, a interromper imediatamente a toma e a consultar os respetivos médicos ou farmacêuticos.
O NDMA é uma substância da classe das nitrosaminas, compostos químicos considerados potencialmente cancerígenos para o ser humano e conhecidos por provocarem efetivamente cancro em cobaias, e que podem ser encontrados em pequenas quantidades em algumas comidas como carnes e peixes fumados ou curados, queijos e cerveja.
De acordo com a Food and Drug Administration (FDA), congénere do Infarmed nos Estados Unidos, onde vários lotes de ranitidina foram também já retirados do mercado, os níveis da substância encontrados no medicamento “ultrapassavam em pouco” os geralmente registados neste tipo de produtos alimentares.
A lista de todos os medicamentos agora interditos em Portugal pode ser consultada no site do Infarmed e inclui várias dosagens e formas farmacêuticas de Raniditina Almus, Raniditina Bluepharma, Raniditina Farmoz, Raniditina Aurovitas, Raniditina Cinfa, Raniditina Mylan, Raniditina Ratiopharm, Raniditina Sandoz, Zantac, Bloculcer, Ranitine.
O Infarmed recorda que as entidades que tenham estes medicamentos em stock devem proceder à sua devolução e que estão proibidas de vendê-las ou dispensá-las.
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