Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva e Francisco Assis são alguns dos nomes em destaque. Votação decorre mais logo.
Praticamente uma semana depois de ter sido divulgada a lista do maior rival (AD), o Partido Socialista (PS) vai votar hoje, terça-feira, a versão final das listas de candidatos a deputados às próximas eleições legislativas.
A votação vai decorrer durante a Comissão Política do PS, marcada para a noite desta terça-feira.
Pedro Nuno Santos, o novo líder do partido, vai indicar um terço do total de lugares; o resto será definido pelas comissões políticas federativas de cada círculo eleitoral.
O próprio Pedro Nuno é cabeça-de-lista em Aveiro, novamente. O secretário-geral já tinha dito que não trocaria o distrito onde nasceu por Lisboa, “por nada”.
Assim, no círculo de Lisboa, a número um é a actual ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva – no fundo, a sucessora de António Costa neste contexto.
Ainda em Lisboa surge uma “semi-surpresa”: Fernando Medina. O ministro das Finanças disse a Pedro Nuno Santos que quer deixar a política, pelo menos temporariamente, avançou o ECO. No entanto, vai surgir na lista de Lisboa como o número três.
No círculo eleitoral do Porto o cabeça-de-lista é Francisco Assis, apoiante de Pedro Nuno desde o momento da sua candidatura à liderança do partido.
Outras ministras que devem integrar a nova lista são Ana Catarina Mendes, Ana Abrunhosa e Ana Mendes Godinho, respectivamente cabeça-de-lista em Setúbal, Castelo Branco e Guarda.
A ex-ministra Alexandra Leitão lidera a lista de Santarém, Francisco César e Paulo Cafôfo surgem em destaque nos Açores e na Madeira.
O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, volta a encabeçar a lista socialista no círculo fora da Europa.
Purga?
José Luís Carneiro será a principal incógnita. O ministro da Administração Interna, e candidato derrotado nas eleições internas do PS, está apontado como cabeça-de-lista em Braga mas pode ficar fora.
A RTP avança que Carneiro não confirmou que vai integrar as listas. Com um argumento: os seus apoiantes estão a ser relegados para lugares não elegíveis nestas listas de deputados.
O jornal Observador acrescenta que há tensão entre apoiantes de Pedro Nuno e Carneiro por causa desta aparente exclusão de apoiantes de José Luís Carneiro. Há quem fale em “purga” ou em “fechamento moralmente inaceitável”.
Do outro lado, os apoiantes de Pedro Nuno defendem que quem ganhou as eleições não foi José Luís Carneiro e, por isso, o vencedor tem direito a sugerir pessoas da sua confiança e não tem de ceder ao candidato derrotado.
Outra dúvida é Duarte Cordeiro, o ministro do Ambiente – amigo de Pedro Nuno – prefere não ocupar qualquer cargo público enquanto está a decorrer a Operação Influencer, que envolve o seu nome: “Optei por sair de cargos públicos nesta fase. É uma decisão pessoal”, admitiu, no jornal Expresso.
Purga não !!, apenas uma mudança de beneficiários de tachos, que dado o numero elevadíssimo de boy’s no PS se impõe realizar.