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Lisboa está uma lixeira a céu aberto. “Mas podia ser pior”

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Ao segundo dia de greve total na recolha do lixo em Lisboa, a situação agravou-se. No entanto, o diretor de higiene urbana do município diz que o cenário podia ser bem pior. Pedro Moutinho apela às pessoas que não façam reciclagem.

O colégio arbitral da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) decretou serviços mínimos para a paralisação na área da higiene urbana em Lisboa, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), entre o Natal e o Ano Novo.

Na manhã desta sexta-feira, o STML situou a adesão à greve nos 60%, justificando a descida – na quinta-feira atingiu os 80% – com a instauração dos serviços mínimos, que considera desproporcionais e aos quais apresentou uma providência cautelar, que aguarda ainda decisão do tribunal.

“Estamos a conseguir retirar bastante, mas continua a acumular-se lixo”, relatou o diretor de higiene urbana, diretor de higiene urbana do município, em declarações à Lusa.

“A pressão é grande”, referiu Pedro Moutinho, repetindo o apelo aos lisboetas para que não depositem o lixo seletivo (vidro, embalagens, papel) nos ecopontos.

Segundo o STML, os serviços mínimos decretados estão a assegurar cerca de metade dos circuitos de recolha habituais.

Pedro Moutinho disse ainda esperar que o fim da greve total – a paralisação nos próximos dias e até dia 2 de janeiro passará a ser só ao trabalho extraordinário – “alivie um pouco a pressão” e permita “recuperar o que está acumulado” num município onde são recolhidas 900 toneladas de lixo por dia.

O que reivindicam os trabalhadores

Os sindicatos justificam a realização da greve com a ausência de respostas do executivo municipal, liderado por Carlos Moedas, aos problemas que afetam o setor da higiene urbana, em particular o cumprimento do acordo celebrado em 2023, que prevê, por exemplo, obras e intervenções nas instalações.

Segundo dados do STML, 45,2% das viaturas essenciais à remoção encontram-se inoperacionais, 22,6% da força de trabalho está diminuída fisicamente ou de baixa por acidentes de trabalho e existe um défice de 208 trabalhadores.

A Câmara de Lisboa assegurou que 13 dos 15 principais pontos do acordo celebrado em 2023 estão a ser cumpridos.

Os restantes dois – obras nas instalações e a abertura de bares em todos os horários e em todas as unidades – estão em fase de conclusão, indicou à Lusa.

Para minimizar os efeitos do protesto, a autarquia decidiu implementar um conjunto de medidas, nomeadamente criar uma equipa de gestão de crise, disponível 24 horas; distribuir contentores de obra, em várias zonas da cidade, para deposição de lixo; pedir aos cidadãos que não coloquem o lixo na rua, sobretudo papel e cartão; apelar aos grandes produtores que façam a sua recolha durante estes dias; e pedir a colaboração dos municípios vizinhos, com possibilidade de utilização de eco-ilhas móveis.

A greve convocada pelo STAL alargou-se, esta quinta e sexta-feira, ao setor dos resíduos urbanos no vizinho concelho de Oeiras e a vários municípios da região Norte.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. estes senhores tem alguma razão mas ao fazerem greve nestes DIAS PERDEM-NA TODO, a esquerdalha é que vos manda fazer isso, MAS….. NÃO DAO NADA A NINGEM.. Para eles, quanto PIOR MELHOR, As pessoas TRABALHADRAS e humildes são convencidas mais facilmente.

    • E quem paga a essas pessoas TRABALHADORAS e humildes, não tem culpas no cartório, não é?
      Abusar de pessoas trabalhadoras e humildes, é tão antigo e recorrente, que a alguns até parece normal.
      Para o consubstanciar e tirar os ansiados dividendos do trabalho sem direitos, esses ruins pagadores até da religião se valem, apelando às bem-aventurancas destinadas aos humildes., para ganho do reino dos céus.

      A greve é um direito, garantido pela Constituição da República Portuguesa.
      Não gostam?
      Temos pena. É a vida….
      A culpa é da Revolução cinquentenária.
      25 DE ABRIL SEMPRE!

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